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O sector das conservas atravessa momentos difíceis em Peniche. A António Ramos & Costa fechou portas recentemente, deixando cerca de 20 pessoas no desemprego, mas Mariana Rocha, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, alerta que há mais empresas do ramo em situação complicada naquele concelho.
A dirigente disse ao JORNAL DE LEIRIA que a António Ramos & Costa era uma antiga empresa do ramo de conservas por frio, que atravessava um Processo Especial de Revitalização (PER) desde 2016. A crise que agora se instalou agravou as suas dificuldades e, quando um dos credores pediu a sua insolvência, a empresa não contrapôs. Entre cerca de duas dezenas de desempregados estão muitas pessoas com mais de 30 anos de serviço e que terão muita dificuldade em ser reintegradas no mercado de trabalho, expõe Mariana Rocha.
A falta de trabalho está a notar-se noutras empresas do ramo, adianta a dirigente, aludindo [LER_MAIS]à situação de outra unidade de Peniche onde está a ser complicado manter outros 20 postos de emprego. Em comunicado, a Comissão Concelhia de Peniche do PCP também chama a atenção para a situação de “instabilidade” que se vive em empresas do concelho deste ramo de actividade, “cujas razões são indissociáveis de limitações de matéria-prima, nomeadamente de sardinha, cuja captura tem sofrido restrições”.
A Comissão Concelhia sublinha ainda a sua “preocupação com a situação noutros ramos de actividade fulcrais para a economia local, como são os casos da restauração, com o encerramento temporário de alguns estabelecimentos e a redução abrupta de trabalhadores na área da hotelaria, cafés e pastelarias.
