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Home Economia

Região de Leiria entre as mais vulneráveis aos efeitos socioeconómicos da pandemia

Raquel de Sousa Silva por Raquel de Sousa Silva
Maio 28, 2020
em Economia
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Região de Leiria entre as mais  vulneráveis aos efeitos  socioeconómicos da pandemia
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Com um índice de 5,6, a região de Leiria é a quarta no ranking de vulnerabilidade regional aos efeitos socioeconómicos da crise pandémica, de acordo com o estudo A crise económica da Covid-19, da consultora EY.  

“A exposição e vulnerabilidade dos diferentes territórios à crise socioeconómica da Covid-19 é diferenciada, seja porque as manifestações dos primeiros efeitos da crise já evidenciaram diferenças regionais, seja porque é também diferente a intensidade dos principais factores explicativos da dimensão global da crise nas economias regionais e nacional”, lê-se no trabalho, coordenado pelo ex-ministro Augusto Mateus.

“As assimetrias territoriais do impacto da crise podem ser analisadas em duas vertentes: por um lado, pelo alastramento do vírus no território e crise sanitária que lhe está implícita; por outro lado, pela repercussão do seu impacto às esferas social e económica, que já se fizeram reflectir em aumentos do desemprego, na implementação de soluções de lay-off temporário, e na alteração dos padrões do consumo. Antecipa-se, assim, a existência de regiões mais e menos vulneráveis aos efeitos socioeconómicos desta crise”.

“Destaca-se a incidência conjugada dos reflexos mais fortes da crise socioeconómica (desemprego e lay-off) em algumas NUTS III litorais, como seja o Algarve, o Alentejo Litoral, o Ave ou a Região de Leiria”, adianta o estudo.

No caso da nossa região, contribui para o quarto lugar no ranking de vulnerabilidade o facto de em Março o desemprego ter subido 13% em termos homólogos, de 8% das empresas terem recorrido ao lay-off e de a percentagem de emprego nos sectores mais afectados (e a indústria transformadora está entre eles) ser de 69%.

Para a elaboração do ranking partiu-se do pressuposto de que, por um lado, “territórios com maiores níveis de desemprego e de lay-off estão já mais debilitados, e que, por outro, são mais vulneráveis à crise económica territórios com pesos relevantes de emprego em sectores fortemente afectados pelo fecho de fronteiras e quebra no comércio internacional”, como a indústria transformadora, transportes e armazenagem, bem como aqueles que fecharam devido às medidas de confinamento, como o alojamento e a restauração.

A hierarquia da “vulnerabilidade potencial” das regiões aos efeitos económicos da crise da Covid-19 “é influenciada pela especificidade de cada região na combinação dos três factores que contribuem para a exposição ao risco global de contracção económica”, explica o estudo.

O trabalho refere que “a análise da evolução das grandes dinâmicas da oferta e da procura, da produção e do consumo, seja ao nível das empresas e dos sectores de actividade, seja ao nível das famílias e dos territórios, destaca a afirmação de mecanismos de transmissão da crise económica que se revelam profundamente assimétricos”.

“O aspecto qualitativo mais relevante nestas assimetrias é o de elas serem novas e muito diferentes daquelas que concentravam as preocupações relativas às desigualdades implícitas no modelo de crescimento interrompido pela pandemia”, aponta o trabalho.

“As análises incluídas no presente caderno revelam com bastante clareza que as actividades mais internacionalizadas”, das viagens e turismo às exportações inseridas nas cadeias globais de produção mais desestabilizadas, estão entre as “mais intensamente” atingidas pelos efeitos da crise económica da Covid-19.

“Estes resultados representam um primeiro impacto e podem não expressar a real dimensão do problema. Prefiro aguardar novas e mais recentes informações para poder comentar com algum fundamento”, diz Jorge Santos.  

O presidente do Gabinete Económico e Social da Região de Leiria lembra que a indústria da nossa região “está muito assente dos mercados internacionais e, por isso, recebeu mais rapidamente o impacto resultante da quebra e/ou anulação de encomendas”.

Contudo, Leiria e algumas das outras regiões citadas no estudo “são também das mais dinâmicas e industriais e têm uma grande capacidade de recuperação, já demostrada noutras situações. Por isso, acreditamos que iremos superar rapidamente esta situação”, sublinha.

“Portugal tem uma economia extremamente exposta ao exterior, cerca de 88% do PIB português transita entre as exportações e as importações”, lembra Márcio Lopes. O economista adianta que os concelhos do distrito de Leiria localizados no Pinhal Litoral concentram empresas com um elevado grau de internacionalização.

[LER_MAIS] “São empresas que têm quase 100% do volume de negócios orientados para a exportação e com muitos fornecedores internacionais, i.e., a cadeia de abastecimento é muito vulnerável ao contexto externo”. “Nos últimos anos, a característica mais marcante do comércio internacional tem sido a fragmentação da produção e a intensificação da chamada Cadeia de Valor Global (Global Value Chain). Cada vez mais, as diversas partes que compõem um determinado produto têm o seu processo de fabrico diversificado por regiões do planeta, e o maior exemplo é o veículo automóvel”, explana.

“Em larga medida, as regiões, pela via dos clusters, vão-se especializando na produção mundial de componentes, como é o caso dos moldes. Portanto, quanto mais aberta for uma determinada economia regional, mais vulnerável ela se torna face à conjuntura internacional. Seja nos ciclos económicos positivos ou negativos”, diz.

Por tudo isto, o economista e docente do Politécnico de Leiria concorda que a região de Leiria é das mais vulneráveis no contexto nacional. “É coerente com a tipologia empresarial da região. Desde a cutelaria, passando pela indústria conserveira e agro-alimentar do Oeste, as rochas ornamentais, os moldes, o vidro, a fileira da madeira ou a suinicultura, as empresas regionais têm uma forte exposição ao exterior”.

“Até mesmo os areeiros, mais para o norte do distrito, produzem caulinos que serão utilizados no sector cerâmico italiano. O aço utilizado pela cutelaria vem de França e da Índia, algum aço dos moldes vem da Áustria. Há rochas ornamentais de Porto de Mós e Alcobaça utilizadas nas construções do Dubai. Portanto, toda essa forte ligação ao exterior acaba por vincular a região a qualquer fenómeno global e, consequentemente, aumenta a sua vulnerabilidade”, explica.

Ainda segundo o estudo, “a crise económica em desenvolvimento vai configurando um desafio de plena percepção, quer da verdadeira dimensão dos seus impactos negativos quer da verdadeira duração dos movimentos e processos de destruição e posterior recuperação”.

“Este desafio, que compreensivelmente tem comportado alguma dificuldade na aceitação dos contornos mais preocupantes da realidade, já conduziu ao reconhecimento de que estamos não só perante a maior depressão económica de sempre, como, também, perante uma disrupção económica e social com uma duração relativamente longa e perspectivas de plena recuperação ainda mais longas”.

O desconfinamento coloca “duas questões centrais na construção de respostas eficazes” para enfrentar a crise. “A primeira corresponde a um perfil de muito forte assimetria na manifestação dos seus impactos negativos”, seja no plano pessoal, nas condições perante o trabalho, na sobrevivência empresarial, na produção e consumo de bens e serviços, no acesso aos rendimentos, mas também no plano dos territórios e das regiões e nas condições de encontro entre oferta e procura.  

A segunda questão diz respeito “à necessidade de respostas multifacetadas, transversais e ancoradas em múltiplos instrumentos diversificados, que as referidas assimetrias pressionam e exigem, apesar da popularidade inicial do recurso a armas genéricas e pesadas, associadas a envelopes financeiros globais, que ainda perdura de certo modo, numa analogia com situações de guerra”.

Etiquetas: covid-19economiaimpactos socioeconómicosLeiria
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