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Home Desporto

Desporto e negócio jogam na mesma equipa e todos se sentem vencedores

Miguel Sampaio por Miguel Sampaio
Fevereiro 7, 2020
em Desporto
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Desporto e negócio jogam na mesma equipa e todos se sentem vencedores
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“Por que razão começou? Porque não me fizeram 15% de desconto numa bicicleta.” Os negócios arrancam muitas vezes assim.

Um pequeno motivo transforma-se numa grande oportunidade e o know-how desperdiçado e muitas vezes desconhecido torna-se no motor de uma ideia imparável.

A região de Leiria é reconhecida por ser empreendedora e produtiva sob o ponto de vista industrial. Também é, sob o ponto de vista desportivo, uma potência a ter em conta.

Rui Patrício, Pedro Portela ou Ricardo Porém são alguns nomes incontornáveis desta realidade que, em ano olímpico, ganha mais relevo pela lente da comunicação social. E por estes dias aparecem na ribalta nomes como os de João Pereira, Evelise Veiga ou Irina Rorigues.

E se cruzássemos estes dois mundos aparentemente tão díspares? Será que seríamos competitivos como nas pistas e nas exportações? Claramente, sim. Voltemos ao princípio.

A frase com que iniciámos este texto pertence a Ricardo Sismeiro. Foi ele que resolveu criar uma loja online só porque não lhe baixaram o preço de uma bicicleta. O negócio deu certo, cresceu de tal forma que as maiores lojas começaram a reagir às promoções que fazia.

Mas vender bem não lhe chegou. “Criámos a rede comercial e fomos percebendo como as marcas trabalhavam. Chegámos a um ponto em que usámos a minha formação académica em Engenharia e começámos a criar os nossos produtos.”

[LER_MAIS]Habituados às minudências dos karts, onde todas as sensações contam, Ricardo e o amigo Ivo Santos sentiram-se prontos. Foi assim que em 2009 nasceu a Prototype Bycicle Racing Parts.

Três anos depois, entrou definitivamente no mercado das rodas de bicicletas. Hoje, o volume de negócios ronda o milhão de euros e perto de 40% da produção é destinada à exportação.

“Se este ano correr bem, está previsto um crescimento entre 15 a 20%”, augura o empresário. Os dez colaboradores da empresa também deverão ter de aumentar.

Estamos em ano olímpico e um dos episódios mais felizes da marca foi precisamente conseguido no mais importante evento desportivo do planeta. Falamos da conquista da medalha de bronze pelo espanhol Carlos Coloma, na prova de cross country olímpico, nos Jogos do Rio de Janeiro.

Mas a Prototype também já conta com cinco títulos mundiais e outros tantos europeus no currículo, os últimos dos quais pelo romeno Vlad Dascalu, em sub-23. “Não vivemos dos louros. Para nós, estes resultados apenas nos dizem que estamos no bom caminho”, sublinha Ricardo Sismeiro.

Para Tóquio, apesar de as contas ainda não estarem fechadas, espera ter pelo menos quatro atletas na linha de partida da prova de cross country olímpico com as rodas de Leiria. São ele os espanhóis David Valero (13.º do ranking mundial) e Jofre Cullell (37.º), o italiano Nadir Colledani (36.º) e o argentino Catriel Soto (120.º).

Ainda nesta disciplina de BTT, a Prototype equipa a espanhola MMR. “No ano passado, estivemos em três equipas, este ano vamos ficar só com uma. É uma equipa oficial de fábrica, que é sempre o nosso principal objectivo e que se torna, também, a nossa principal montra. O topo de gama da marca é equipada com as nossa rodas.”

Ao nível do ciclismo de estrada, a Prototype roda em três equipas do pelotão profissional português. São elas o Boavista, a Oliveirense e a LA Alumínios. “Infelizmente, não podemos abraçar todos os projectos que nos são colocados”, lamenta o responsável, que realça a quantidade de feedback que lhes é deixado por estes ciclistas.

“Temos rodas com mais de 45 mil quilómetros e estão tranquilas. Há algumas no mercado que só fazem 5 mil quilómetros. Para nós, o factor primordial é o respeito pelo atleta. Ele sai de casa e não pode ter um problema a meio de um treino que pode ser o último antes de uma prova.”

Mas, afinal, o que distingue as rodas Prototype? “Até experimentar é só fotografia”, diz Ricardo Sismeiro. A base de tudo, garante, são “as sensações”. “Podemos quantificar o que quisermos, mas relativamente a esse tipo de performance, o que o computador dá não é o que a realidade nos diz.”

A marca chegou a ter 27 atletas a correr o Campeonato do Mundo na busca de inputs.

“Eles dizem o que acham e nós desafiamo-los a pedirem-nos mais. Que está bom nós já sabemos. Estás satisfeito? Óptimo, mas quero que me peças mais. O que mais posso fazer mais por ti? Neste momento, já não sabem dizer o que querem mais e somos nós a fazer sugestões.”

É aqui que entra a fiabilidade como o outro factor inegociável. “Estamos há cinco anos com a MMR e nesses cinco anos partiram três aros de carbono e nunca partiram um raio. Se é para competir tem de me permitir chegar ao final.”

Todos os produtos são desenhados com suporte tecnológico e o feeling de Ivo Santos, o responsável técnico.

“A base começa toda pela matemática e por respeitar as características dos materiais. É preciso conhecer os limites. Acima de tudo, colocar o verdadeiro quociente de resistência de cada um deles, porque uma coisa é o que o computador nos diz e a outra é como funciona na realidade. Não se pode simular no laboratório a determinação e a energia que os ciclistas debitam para a bicicleta. Essa, não se consegue quantificar.”

Em outsourcing é feita a produção dos aros, dos cubos e dos raios. No entanto, todas as rodas, a maioria em carbono, mas também em alumínio, são montadas em Leiria, “à mão”.

“É importante assegurar que todas têm a mesma padrão e só o conseguimos assegurar se passarem o nosso teste de qualidade. Desenvolvemos para os atletas de alta competição e oferecemos ao cliente exactamente o mesmo.”

Cork Padel

É na Loureira, pequena aldeia colada a Fátima mas pertencente ao concelho de Leiria, que Nicolau Silva produz, desde há três anos, numa garagem da residência familiar, as mais surpreendentes raquetes de padel existentes no mercado.

Tudo começou porque sentiu um “problema crítico” enquanto praticava a modalidade no Clube da Escola de Ténis de Leiria. Batia “forte” na bola, de tal maneira que de 15 em 15 dias partia uma raquete. Tendo em conta que o apetrecho, para o nível a que jogava, já custava para lá dos 200 euros, a brincadeira estava a sair-lhe cara.

É “engenhocas” e por isso começou por arranjar as próprias raquetes, até que decidiu tentar construir uma. Foram anos de pesquisa, à procura da solução perfeita. “Veio-me à cabeça a cortiça, por ser um material com boa elasticidade, uma estética diferente, um bom acabamento e dissimula as vibrações, que é um problema do padel e pode levar a tendinites.”

Chegou lá por “tentativa e erro”. “Fiz cerca de 500 protótipos, em testes, até chegar àquilo que pretendia. Acertar na matéria-prima foi muito complicado”, admite Nicolau. Começou a jogar com as próprias raquetes, a obter resultados e a chamar a atenção. Os amigos desconfiaram, mas acabaram por render-se.

Começaram a “achar piada ao facto de ser de cortiça”. Mais piada acharam quando souberam da metodologia utilizada. “Fui técnico de próteses dentárias durante quase vinte anos e todos estes conhecimentos vieram da minha profissão. Encaixei a técnica de fazer os moldes das próteses dentárias nas raquetes.”

Uma raquete demora oito horas a ser produzida. Depois de a matéria-prima chegar em rolos, corta-se a cortiça e as fibras, como o kevlar e o carbono, sendo depois colocadas no molde e impregnados de resinas.

O molde é fechado e colocado numa estufa com ar comprimido, para ganhar o formato da raquete, que depois será furada. Posteriormente recebe os acabamentos, como as bandas laterais e o escudo, é envernizada e é feita a montagem final.

Hoje em dia, só em Portugal, há dois a três mil exemplares em utilização. “Nunca pensei que fosse tão rápido”, admite. Os próprios campeões profissionais portugueses, Miguel Oliveira e Vasco Pascoal, utilizam as raquetes Cork Padel.

Miguel Oliveira é, de resto, o melhor português de sempre, actualmente o 54.º do ranking da World Padel Tour. “Gostam da raquete por ter muita qualidade e os resultados falam por si.”

O padel não é modalidade olímpica, mas tem vindo a crescer exponencialmente. Só em Espanha há 12 milhões de praticantes. É um mercado de difícil penetração, mas outros há “encantados” com a Cork Padel.

“Entrámos no mercado internacional e 60% das vendas já é feita para fora.” O principal comprador é a Escandinávia e novos mercados estão a abrir-se, como o México, o Dubai, o Japão e a Bélgica.

Contando com a ajuda do sócio Pedro Plantier, uma figura incontornável da modalidade, o projecto não pára de crescer e Nicolau Silva começa a apostar nos acessórios, malas e roupa.

Neste momento, tem quatro colaboradores, mas o número deverá aumentar. “A procura tem sido muita e estamos a pensar em aumentar a produção e, quiçá, outras instalações. Precisamos de espaço.”

Para 2020 estima um volume de negócios a rondar os 300 mil euros. “Pensamos crescer, mas não muito, para manter a qualidade. A nossa raquete absorve a vibração, a durabilidade é superior e esteticamente são sempre únicas. Normalmente, quem experimenta gosta. Quero manter tudo na minha mão, para não se tornar um produto vulgar.”

Trawp

A vida de Sara Lopes sempre esteve ligada aos trampolins. Foi ginasta desde os cinco anos, é treinadora e até repórter foi. Nada percebia de corte e costura, mas com o irmão Pedro e o amigo João, ambos juízes internacionais, encontraram naquelas licras uma oportunidade de negócio.

Em Portugal, sempre foi muito difícil adquirir novos fatos. “Era muito complicado” encomendar às empresas inglesas e francesas que dominam o mercado, com preços e portes muito dispendiosos. Com o saber de experiência feito, resolveram avançar.

“Como fomos ginastas, sabemos o que valorizamos nos fatos, que é, sobretudo, o conforto. Nas meninas é mais desconfortável, porque se pode meter nas virilhas, ou nos rabos, por isso sempre que fazemos algum protótipo fazemos um modelo para testar e perceber se é vendável ou não.”

O conforto é importante, mas os ginastas de hoje querem apresentar-se cada vez mais bonitos e a Trawp apresenta-se como solução. “Em Portugal só havia uma empresa de maillots, que está mais vocacionada para o treino”, explica Sara Lopes, formada em Gestão e que há dois anos se despediu do anterior emprego para fazer crescer o negócio.

As licras, “do melhor que há”, são importadas de Inglaterra e Itália, mas o processo de fabrico é todo ele feito na região. A designer, Andreia Nico, faz os moldes.

Os tecidos são depois cortados por Sara e Andreia e as costureiras, especialistas na sempre difícil arte de trabalhar com licras, estão na Vieira e na Bidoeira. A aplicação de brilhantes é novamente feita na Trawp. As estampagens são executadas nos Pousos.

Os fatos podem custar entre 20 e 100 euros. “É quase tudo personalizado”, diz Sara Lopes. Os rapazes, que sempre tiveram algumas reticências quanto aos maillots, têm agora uns modelos inspirados nos super-heróis que têm feito furor.

Apesar da presença recente no mercado, já recebeu encomendas de vários pontos do País e até do estrangeiro e também já recebe pedidos de ginastas de acobática. “Os clubes tenho tido imensos pedidos e em Janeiro tive 200 pedidos. É um sonho.”

Neste mundo tecnológico, as redes sociais são uma ferramenta fundamenta no processo comercial e Sara Lopes não hesita em colocar novidades todos os dias. “O Facebook é utilizado pelas mães e os miúdos servem-se do Instagram para pedir informações e depois pedem aos treinadores para falarem connosco.”

Até agora, o ponto alto da Trawp foi a presença no Campeonato do Mundo de trampolins, em Novembro do ano passado, em Tóquio, com as ginastas Ingrid Dimão e Daienne Cardoso, que se classificaram no nono lugar da prova de trampolim sincronizado.

“Gostaram muito, acho que demos sorte. Disseram que sempre que tiverem uma prova querem um maillot dos nossos.”

Etiquetas: cork padelprototypetrawp
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