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Home Viver

Sabe quem é a “bailarina na parede”?

admin por admin
Janeiro 23, 2020
em Viver
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Sabe quem é a “bailarina na parede”?
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Alheia ao mundo, absorta em pensamentos e embalada pela música da cidade, uma menina dança nas alturas, na linha do horizonte urbano de Leiria.

Agiganta-se e sentimos a sua vontade de se tornar carne e osso e libertar-se da parede, razão da sua existência, no citadino estuário formado pelas avenidas Marquês de Pombal e General Humberto Delgado, e onde parece que, por momentos, recupera fôlego e reúne forças, para dançar, sem jamais parar, nas avenidas, celebrar os telhados, mergulhar nas vielas e banhar os pés no Lis, ali tão perto.

O grande mural de arte urbana pintado por Guido van Helten, na última edição do Leiria Arte Pública, tornou-se num dos cartões de visita locais, suscitando a curiosidade de quem habita na cidade e dos visitantes.

Mas quem é a “menina da parede”?

Provavelmente, já se cruzou com ela nas ruas de Leiria. Chama-se Inesa Markava, é bailarina.

É ela quem leva os mais novos a conhecer a obra de variados artistas plásticos nas Visitas Dançadas da Livraria Arquivo, é ela quem enfeitiça pais e filhos, com a sua dança e sorriso, nos Concertos para Bebés, é ela também, uma das pessoas que conta a história do Menino do Lapedo, no Museu de Leiria, entre outros projectos.

Dançar a cidade

Quando embarcou na aventura de ser a musa de Guido, Inesa não fazia ideia que iria conviver com uma sósia sua, cuja cabeça quase toca as nuvens.

Foi contactada para conhecer o autor da pintura por Ricardo Romero (Projecto Matilha) curador do Arte Pública, evento de arte pública, com organização da associação Riscas Vadias, em parceria com a Câmara de Leiria.

Guido, 33 anos, artista plástico e fotógrafo nascido na Austrália, influenciado por, entre outras coisas, os movimentos tradicionais aborígenes de graffiti, é um dos nomes principais do movimento do grande muralismo.

Fotografia: Ricardo Graça
Costuma dizer-se que o mundo é pequeno e a bielorrussa Inesa e o australiano Guido comprovaram-no. “Ele tinha trabalhado em Minsk [capital da Bielorrússia], anos antes, para pintar uma das paredes de uma residência de estudantes na escola de artes, na Universidade, onde estudei, antes de vir para Portugal. Pedi à minha mãe para ir lá fotografar e enviar-me a imagem. Foi uma coincidência interessante.”
Inesa Markava

Após uma primeira reunião, o trabalho em conjunto, iniciou-se de imediato. “A ideia dele para a imagem, tinha que ver com a exploração da relação entre a cidade e uma pessoa que habita nela. O movimento e a arquitectura eram outras características que lhe interessavam”, recorda a bailarina, salientando que Guido deu-lhe muita liberdade para explorar movimentos e texturas, enquanto dançava nas ruas, nas fontes, nos jardins, nas calçadas.

“O som foi muito importante para mim. Escutava os pássaros, as pessoas, o silêncio. Foi neste mergulho em sons e texturas que apareceram os movimentos.”

Apenas duas semanas depois, a menina bailarina já habitava a parede. Inesa a não fazia ideia de como iria ser o mural e Guido pediu-lhe que não passasse na avenida até a obra estar pronta.

O que se revelou difícil, pois a bailarina vive ali perto.

“Não imaginava a dimensão… No primeiro dia, quebrei a promessa. Tive de passar pela rua e não resisti a levantar os olhos. A primeira coisa que vi foi a mão. Foi assim que percebi a escala e a qualidade do que estava a ser feito.”

A emoção foi forte. Com o avançar do trabalho, os amigos começaram a ligar-lhe a perguntar se seria ela na parede. “Há dias, vi lá duas senhoras a fotografar e não resisti. Disse-lhes: ‘aquela, na parede, sou eu'”, conta com um riso pequenino e franco.

A menina que dança para bebés

Inesa Markava, 35 anos, filha de um professor de Engenharia e de uma professora de História, é natural de Minsk, na Bielorrússia. “País com muitos lagos e florestas”.

Em criança, passou alguns anos na Líbia, quando o pai, professor de Engenharia, foi trabalhar naquele país do norte de África.

“As minhas primeira memórias de infância são de lá. Recordo-me das figuras muito altas e de jogos de pingue-pongue, num pavilhão, no deserto.”

Começou cedo os estudos na dança e na música e, quando chegou o momento de escolher um curso no ensino superior, em [LER_MAIS]2002, ingressou no curso de Pedagogia Socio-Cultural, na Universidade de Cultura e Artes em Minsk e durante três anos estudou teatro, arte, gestão, música e organização de actividades artísticas.

A paixão pelo movimento do corpo falava alto, e a dança contemporânea e a busca de formas de expressão corporal, filosofia e estética da dança desassossegavam-lhe o coração, embora a música continuasse a ser uma parte importante da sua vida, em especial, o piano.

Em 2005, no âmbito de uma bolsa de intercâmbio com Portugal, na ONG onde dedicava parte do seu tempo livre a representar a Bielorrússia em Parlamentos e em pequenas associações ligadas ao processo democrático, trabalhou numa equipa de programação cultural internacional em Leiria.

O plano era ficar um ano, mas acabou por constituir família e fixou-se na cidade do Lis. Continuou os estudos em dança contemporânea e clássica na Escola de Dança Clara Leão e começou trabalhar na SAMP, como a professora de teatro, música e dança nos projectos Jardim das Artes e Berço das Artes.

Em 2007, foi convidada a introduzir a componente coreográfica nos Concertos para Bebés, cuja direcção artística é de Paulo Lameiro.

Tem dançado em vários palcos nacionais e internacionais. Actualmente, é doutoranda em Arte Contemporânea no Colégio das Artes de Universidade de Coimbra, explorando a permeabilidade da dança contemporânea no contexto expositivo.

Em 2016, iniciou o projecto Museus Imaginários, com a criação de visitas dançadas e performances em diversos contextos e espaços, como a Livraria Arquivo, mensalmente, e Banco das Artes Galeria, pontualmente, ambos em Leiria.

No ano passado, iniciou o projecto Moinho Imaginário. Dança no Património no Moinho do Papel, onde trabalha a imaginação e a dança, na relação entre arquitectura e paisagem.

Etiquetas: bailarina na paredeBalletdança. Concertos para bebésgrafittiguido van heltenInesa MarkavaLeirialeiria arte públicamuralmuseu imaginárioViver
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