Florbela Oliveira nasceu em 1967 em Albergaria dos Doze, no concelho de Pombal, é professora de 1.º e 2.º ciclos e é também coordenadora da EB 1 da Machada, no mesmo concelho. Mas para a docente, o seu amor pelas palavras não se esgota no ensino. Escrever livros tem sido outra das suas facetas. Depois de um primeiro romance policial lançado no ano passado, a autora prepara-se para apresentar um segundo livro já em Março, onde voltam a estar presentes o suspense e a investigação.
Florbela Oliveira frequentava ainda a escola primária quando se apaixonou pelo sabor das palavras. Licenciou-se em Português e Francês, em 1992, na Escola Superior de Educação de Leiria (actual ESECS) e, além do ensino, tem-se dedicado à escrita. A residir na Figueira da Foz há cerca de três anos, a professora diz-se “inspirada pelo mar, pela areia e pelo sal”.
No seu primeiro livro, intitulado Na Sombra das Pedras, a autora contava a história de uma jovem mulher que foi encontrada morta na ilha Terceira, nos Açores. Nessa altura, Francisco, advogado e investigador, via cair-lhe nas mãos um processo que apontava um padre como autor daquela morte. Preso e refém do segredo da confissão, seria o sacerdote a orientar Francisco, para recolher na ilha, informações imprescindíveis para a resolução do seu caso.
E depois de ter apresentado o seu primeiro romance policial, a professora prepara-se agora para lançar o seu segundo livro, também ele pejado de suspense, a que chamou O Rapaz que Pintava a Carvão. Este segundo livro tem em conta as vivências dos pais, dos filhos, aborda as temáticas das novas tecnologias e da violência, explica a autora.
Trata-se de um livro dirigido a público de todas as idades,[LER_MAIS] num esforço de despertar também os mais jovens para a leitura. Do ponto de vista da professora, é necessário renovar alguns temas que são lidos nas escolas. Faz falta levar as experiências de casa, do mundo actual, para a escola, para que os alunos se sintam mais próximos das histórias que lêem, defende a docente.
Neste segundo livro, Florbela Oliveira escreve na primeira pessoa e encarna um rapaz de 16 anos, Guilherme, que sofre de acromatopsia e que, por isso, vê o mundo a preto e branco. Obrigado a partir com os pais para uma aldeia, Guilherme vai tentar descobrir o que sucedeu a uma jovem que aparece maltratada e sem memória, adianta a autora do novo policial.
“Parece que, quando não desistimos, os sonhos se materializam e nos permitem abrir asas e voar”, salienta a professora, que há muito ambicionava aventurar- se na literatura e cuja obra vê agora nascer.