Rui Branco está optimista. Acredita, até, que em Tóquio, de 5 a 8 de Dezembro, se pode lutar por uma medalha. Será o team manager da comitiva portuguesa no Campeonato do Mundo por Grupos de Idades para os trampolins, ele que é também o director técnico e treinador da competição dos Trampolins Clube de Leiria (TCL).
Do distrito partem para a capital do Japão nada menos do que oito atletas, cinco deles do TCL: Maria Carvalho (17-21 anos) e Maria Eduarda Silva (11-12 anos) irão competir em duplo mini-trampolim, Margarida Amado (15-16 anos) e Diana Silva (13-14 anos) em trampolim individual. Esta ginasta fará ainda par com Rita Vieira em trampolim sincronizado (13-14).
Do Ateneu Desportivo de Leiria seguem ainda Paulo Fernandes e Matilde Pereira, enquanto do Acrotramp Clube de Caldas apurou-se Henrique Nascimento. Todos eles irão competir no escalão 17-21 anos, todos eles em tumbling.
O número de atletas da região apurados tem vindo a crescer e os motivos são simples: bons clubes, melhores condições e ginastas com qualidade. “O clube tem feito um esforço enorme para ir ao encontro das exigências em termos materiais”, sublinha Rui Branco.
Com o apoio da Câmara Municipal de Leiria, o TCL comprou no último par de anos um duplo mini-trampolim e um trampolim, oferecendo às ginastas condições mais próximas do que acontece no estrangeiro. São estas entidades que, juntamente com os pais, tornam possível a viagem das ginastas, já que a Federação Portuguesa de Ginástica não comparticipa.
“Queremos sempre mais, mas temos um leque de ginastas talentosas, que despendem 15 a 16 horas por semana a treinar. Só que não é o suficiente, porque noutros países já se treinam 25 horas. Com quantas mais horas de voo, mais preparado se estará para voar.”
Com duas finais no horizonte e a esperança em conquistar uma medalha, Rui Branco quer, acima de tudo, que as ginastas “cumpram as séries estipuladas com as performance que foram definidas”