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O presidente da concelhia de Leiria do PSD, Álvaro Madureira, apresentou uma queixa na Polícia Judiciária, contra desconhecidos, por usurpação de funções e falsidade informática.
Em causa está, segundo o dirigente, a criação de um “email falso”, com o seu nome, para solicitar aos serviços centrais do partido uma lista actualizada dos militantes do partido.
Durante uma conferência de imprensa, realizada na terça-feira, Álvaro Madureira explicou que a situação foi detectada quando o próprio efectuou um pedido idêntico e a funcionária do partido lhe disse que “ainda há pouco” tempo o tinha feito.
“Criaram um email muito parecido com o meu – acrescentaram uma letra pelo meio – e usaram o meu nome para assinar o email”, adiantou o social-democrata, escusando-se, contudo, a revelar quando é que a situação ocorreu.
A denúncia pública do caso acontece a menos de três semanas das eleições para a concelhia, que têm já dois candidatos (ver caixa).
Álvaro Madureira, que nos últimos anos tem liderado a estrutura, diz que ainda não decidiu se vai entrar na corrida, revelando que tenciona falar com “todos os militantes que querem encabeçar” uma candidatura para “procurar uma lista de consenso”.
Mas deixa claro: “se avançar, é para encabeçar uma lista”.
Álvaro Madureira alega que a concelhia tem “trabalho feito”, com [LER_MAIS] “proximidade às pessoas e às freguesias” e com a promoção de iniciativas abertas à sociedade civil, manifestando-se, por isso, convicto que o partido pode ganhar as próximas autárquicas em Leiria, como aconteceu nas eleições europeias e legislativas.
Questionado sobre o que o levou a revelar a denúncia que formalizou na Judiciária a menos de três semanas das eleições para a concelhia, Álvaro Madureira diz que o fez porque “as pessoas precisam de saber que há dificuldades” e que “há gente capaz [LER_MAIS] destas falsidades”.
“O nosso adversário político é o PS”, afirmou o presidente da concelhia no encontro com os jornalista, onde acusou a maioria socialista que governa a Câmara de estar mais preocupada em manter “o palco montado ao longo do ano, com actividades de lazer, algumas redundantes e que se sobrepõem” do que em resolver os problemas do concelho.
Carlos Sousa foi o primeiro a anunciar a candidatura à liderança da concelhia de Leiria do PSD. Fê-lo logo após as eleições legislativas de 6 de Outubro, numa carta aberta aos militantes, onde referia que se candidatava por considerar que há “necessidade” de o PSD “mudar com urgência a acção política no concelho”. Natural e residente na União de freguesia de Colmeias e Memória, tem 57 anos, é licenciado em Direito e trabalha como inspector tributário.
Dulcinda da Silva, que nas últimas autárquicas concorreu à União de Freguesias de Monte Redondo e Carreira, que perdeu, irá apresentar a sua candidatura esta sexta-feira. Diz que avança para “tentar rejuvenescer” e “credibilizar” a concelhia de Leiria do PSD, “cortando com o passado” e apresentando “um projecto inovador e de trabalho”. É natural e residente em Monte Redondo, trabalha como bancária e tem 42 anos.
