Quem circula ao longo da EN242-2, que liga Marinha Grande e São Pedro de Moel, e das estradas nacionais e municipais que atravessam o Pinhal de Leiria e que estão abertas ao trânsito, não ficará indiferente aos milhares de árvores que se encontram espalhadas pelo chão.
Os pinheiros em causa foram cortados após o incêndio, para prevenir eventuais quedas para a via, mas continuam por remover há largos meses.
Em declarações recentes ao JORNAL DE LEIRIA, Gabriel Roldão, membro do Observatório do Pinhal do Rei, denunciava a situação, lamentando a existência de “milhares de pinheiros de pequeno porte abandonados como lixo”.
O também investigador admitia que, se tivessem sido removidas mais cedo, as árvores em causa, embora de “dimensão reduzida”, poderiam ter “algum valor comercial”, que, entretanto, “perderam”.
O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) explica que o corte dos pinheiros decorreu no âmbito de acções de gestão de combustível e foi efectuado por questões de segurança.
“Tratando-se de árvores ardidas, colocavam em risco a segurança da [LER_MAIS] circulação de pessoas e bens na EN 242-2 e na ciclovia Marinha Grande – São Pedro de Moel. Uma vez efectuado o corte das árvores, foi eliminado o risco que representavam”, justifica aquele instituto.
Segundo esta entidade, a operação do abate das árvores ardidas localizadas nas faixas que acompanham as estradas municipais e nacionais que cruzam a Mata Nacional de Leiria “teve início no final de Outubro de 2017”.
Questionado sobre a demora na remoção das árvores, o ICNF alega que estas “fazem parte dos lotes de material lenhoso ardido”, colocados “à venda em hasta pública e que foram arrematados por empresas que são agora responsáveis pela sua retirada”.