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RUGITUS

Redacção por Redacção
Julho 12, 2019
em Opinião
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Cidadania
Buquê de ruídos úteis
o dia. O tom mais púrpura
do avião sobressai
locomovida rosa pública.
Entre os edifícios a acácia
de antigamente ainda ousa
trazer ao cimo a folhagem
sua dor de apertada coisa.
Um solo de saxofone excresce
mensagem que a morte adia
aflito pássaro que enrouquece
a garganta da telefonia.
Em cada bolso do cimento
uma lenta aranha de gás
manipula o dividendo
de um suicídio lilás.
Natália Correia 1969 , in “O Vinho e a Lira”

Ruído – “som inarmónico produzido por corpo que cai ou estala”, palavra de origem latina- RUGITUS, rugido – manifestação dos animais selvagens, através da voz, cuja forma de verbo é ruir. Na procura do(s) significado(s) de ruído, um dos mais interessantes é o que é para a linguística – todo o factor que num acto comunicativo perturba a transmissão da mensagem.

As palavras associadas – choque, pancada, queda, estrondo, estardalhaço, tumulto, fragor, rumor prolongado, bulício, são bastante significantes relativamente à forma como interiorizamos e convivemos com o ruído.

A etimologia da palavra ruído e a mecanização do seu conteúdo, em nós, é um processo simbiótico vivenciado. A consciência das suas vicissitudes não existe.

Eu gosto de viver em aglomerações pela diversidade, pelas probabilidades da surpresa da revelação, da descoberta e do encontro com o outro.

Quando era pequena, na cidade de Leiria dos anos 60, de festas tínhamos o Sto. António ou São João, a procissão do Corpo de Deus que engalava a rua Direita e trazia festa à Sra. da Encarnação e a Feira de Maio.

Três eventos, um de escala de bairro – os santos, um de escala da cidade – a procissão e um de escala de concelho – a feira.

Qualquer uma das festas implicava a participação e envolvimento da população, com partilha de interesses comuns e do espaço público de todos.

Hoje, a multiplicação de eventos, fora da escala local em áreas de residência, em particular no centro histórico da cidade, não permite o normal [LER_MAIS]  funcionamento do espaço habitar e rompe com os ciclos de funcionamento do ser humano, de movimento e repouso.

Não havendo repouso, sempre em movimento a “máquina” revela cansaço, irracionalidade, maus humores, AVC’s, menos rendimento no trabalho…

As questões de cidadania são determinantes para a qualidade do ambiente urbano. A qualidade do espaço comum precisa desde logo de consensos comuns de relacionamento, de exemplos capazes de revelar pela experiência a diferença da sujeição alienante de um ruído constante.

A lei portuguesa tem mecanismos legais para a implementação da qualidade do ambiente urbano que os municípios deverão accionar como medidas dissuasoras e sensibilizaras. As cidades afirmam-se pela dinâmica que desenvolvem.

Os eventos supõem-se ser ofertas de livre escolha, mas na verdade o seu acontecer obriga à participação de todos – voluntários e involuntários.

Quando o espaço urbano passa a ser espaço dos visitantes, desfunçionando o espaço dos habitantes, sabemos da experiência que até os visitantes estão de saída.

Arquitecta

Etiquetas: helena veludoopinião
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