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Home Desporto

B-girl Vanessa dá show nas maiores battles de breakdance do planeta

Miguel Sampaio por Miguel Sampaio
Maio 30, 2019
em Desporto
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B-girl Vanessa dá show nas maiores battles de breakdance do planeta
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Ultimamente tem sido sempre assim, e o recente Red Bull BC One UK Cypher B-Girling, que as fotos documentam, é disso exemplo. No epílogo da battle decisiva, os jurados não têm quaisquer dúvidas e levantam a folha com o nome da b-girl Vanessa. Ela ajoelha-se, comovida, mas feliz por ter derrotado a b-girl Rawgina e, dessa forma, garantido um lugar na final mundial do evento.

É uma bela história de resiliência com final feliz. E tudo começou em 2014, quando Vanessa Farinha pegou nas malas e mudou-se para Londres. Deixou a família em Leiria e partiu. Porquê? “Precisava de um desafio”, diz. Tinha acabado o estágio como professora de dança numa academia em Alverca, mas queria mais. A solução estava para lá do Canal da Mancha.

[LER_MAIS]Habituou-se rapidamente ao frio, à chuva e aos dias cinzentos, porque só lá poderia acordar, todas as manhãs, de sorriso nos lábios, a fazer o que realmente gostava, num mundo com maiores apoios e variadas oportunidades, recompensadas com outro tipo de remuneração.

Chegada à capital britânica, rapidamente percebeu que o estilo que tinha adoptado era visto com outros olhos. Dera os primeiros passos de breakdance – ou breaking – na Estação do Oriente, com um amigalhaço b-boy, quando trocou a pacatez dos Pousos e as aulas de hip-hop no ginásio à porta de casa pela agitação de Lisboa para frequentar um curso de dança.

Começou a treinar mais e a entrar em competições a ganhar nome e fama nas afamadas battles. Com as primeiras vitórias, a b-girl Vanessa deixou de ser uma ilustre desconhecida e começou a seleccionar as competições de maior peso para mostrar a sua alma.

“Atingi um nível que nunca imaginei. Os meus ídolos são agora os meus concorrentes”, exclama, convicta de que “dedicação e persistência fazem os sonhos tornar-se realidade”.

Ganhou competições onde “nunca na vida” pensou, sequer, ter a “oportunidade de pisar o palco”, como o World B-Boy Classics B-Girling, na Holanda, o Porto World Battle, em Portugal, o Battle Hip-Opsession, em França, o Battle of Est B-Girling, na Estónia, e até o já citado Red Bull BC One UK Cypher B-Girling, no passado mês de Abril, no Reino Unido. Pode ver o vídeo da exibição de Vanessa aqui.

Para ela, o breaking é tudo. É profissão, é hobby, é paixão e até é terapia. “Quando os momentos mais difíceis chegam, sei que posso sempre ir treinar e usar a única coisa que está sempre lá, que é a dança, nem que seja para abstrair dos problemas.”

Jogos Olímpicos

Entretanto, no horizonte, avista-se uma nova competição. A maior de todas. O breaking deverá estrear-se nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. Os organizadores propuseram ao Comité Olímpico Internacional a inclusão desta modalidade, mas também a continuidade do surf, do skate e da escalada, que se estreiam em Tóquio’2020.

“Queremos ligar-nos a desportos que são disputados em todo o mundo para darmos aos Jogos uma dimensão mais urbana, ligada à natureza, mais artística”, anunciou o presidente do comité organizador, Tony Estanguet.  [LER_MAIS] Os quatro novos desportos vão juntar-se aos 28 já previstos no programa, mas terão ainda de ser validados pelo Comité Olímpico Internacional em Dezembro do próximo ano.

 
“O breaking surgiu no bairro do Bronx, em Nova Iorque, nos anos 70 do século passado, numa altura de forte agitação social e racial. Os jovens iam a discotecas populares, com as melhores roupas e com atitude para tentar fazer a diferença. Era uma forma de expressão que encontravam para dizer que o seu grupo, ou gangue, era dominante da cidade. Quando havia rivalidades, em vez de usarem a violência, dançavam uns contra aos outros. Quem apresentasse os melhores movimentos, atitude e estilo ganhava a batalha. Esta forma de expressão e movimento de liberdade, que se chama hip-hop, acabou por conquistar o mundo”.

Apesar de desejar muito mais “inspirar e motivar” do que propriamente ganhar campeonatos, Vanessa ficou feliz com a notícia. “Vai dar uma visibilidade que nunca existiu. As pessoas olhavam com algum desprezo e até repulsa, que era o estilo de rua que não serve para nada, que era limpar o chão, que era dançar com os sem-abrigo. Nessa plataforma tão grande vão perceber que é muito mais do que dança e que leva pessoas em dificuldade a ver uma luz ao fundo do túnel.”

Para a b-girl, o breaking não vai ser uma entre outras. A modalidade vai, com toda a certeza “apimentar o formato”. “Sempre que pensamos em Jogos Olímpicos pensamos em stress, foco, nervos e tensão. Acredito que será mais divertido, improvisado e excitante. E traz dança, acima de tudo, que eleva o espírito.”

Em 2024, precisamente uma década depois de ter saído do país, Vanessa Farinha terá 32 anos e pode muito bem estar a caminho de um momento histórico: participar nos Jogos Olímpicos. Estar em Paris “será uma possibilidade”, “um sonho”, mas o percurso até lá chegar não será fácil.

“Cada vez acho mais difícil competir com os jovens de agora, que fazem tudo parecer tão fácil. Mas também sei que os b-boys e b-girls que admiro atingiram o auge quando chegaram aos 30.”

Para já, há que pensar nos desafios mais imediatos. No final de Junho, irá representar Portugal no campeonato mundial, o World Dance Sport Federation World Breaking Championship, na China, que terá o formato semelhante ao dos Jogos.

Se for bem sucedida, dará um passo importante rumo à qualificação olímpica. Este é um mundo de oportunidades, porque “qualquer pessoa pode ganhar desde que traga a melhor performance”. Basta ser competente. “Mal posso esperar para ver o que a vida me reserva.”

“Quebrar barreiras”

A dança que se faz de pé (toprock), a dança que se faz no chão (footwork) e as partes acrobáticas (powermove). O breaking pode ser dividido em três partes, assim, de uma forma muito resumida. A principal virtude que a b-girl Vanessa utiliza para derrotar as rivais é precisamente combinar “de forma original” as acrobacias e o trabalho de chão.

“Ser uma arte dominada maioritariamente por rapazes faz-me querer quebrar barreiras e mentalidades. É super desafiante e faz puxar os limites do que pensamos ser possível. As raparigas trazem outra abordagem, o que é muito interessante e inspirador”, sublinha.

Em mentalidade, o breaking “é muito similar às artes marciais e ao boxe”, mas com a adição de “música energética que faz com que a adrenalina esteja no máximo”. “Quando pisamos o palco não há tempo para dúvidas. É tempo de trazer o nosso melhor jogo e dar o nosso melhor show. No fundo, mostrar que merecemos estar naquele lugar”.

Ainda assim, “nem sempre ganha o melhor bailarino, aquele que tem os melhores movimentos”. As battles são jogos mentais, há estratégia e táctica. O que jogar melhor ganha, desde que não envolva o toque. “Não é permitido e dá direito a desqualificação.”

Os dois dançarinos, que se defrontam à vez, não sabem que música o DJ vai tocar. A improvisação é, pois, fundamental. “A adaptação tem de ser rápida. Existem combinações de movimentos que são premeditados, mas combinar com a música é desafiante.”

O júri avalia a performance de acordo com o “quão original, interessante e extraordinária” foi a adaptação da dança à música. “O mais importante é tornar tudo tão natural que, mesmo que seja improvisado, não dê para perceber.”

No próximo sábado, dia 1, a b-girl Vanessa estará em Leiria para ser membro do júri no Street Dance Awards, evento que se irá realizar no Mercado Sant’Ana e no Teatro José Lúcio da Silva. Será que também vai dar um showzinho?

 

 

 

Etiquetas: bgirlvanessabreakdancevanessafarinha
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