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Entrevista | Filipe Cândido: “Se tivesse a atitude que Capello tinha não sei se seria treinador muito tempo”

Redacção por Redacção
Maio 23, 2019
em Entrevista
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Entrevista | Filipe Cândido: “Se tivesse a atitude que Capello tinha não sei se seria treinador muito tempo”
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A União de Leiria começa a disputar o playoff de subida à 2.ª Liga, este sábado, em casa do Lusitânia de Lourosa. O que achou do sorteio?

Há um enorme equilíbrio entre os oito apurados. Calhou-nos o Lusitânia de Lourosa, uma equipa que representei enquanto jogador, numa altura em que era treinada pelo Pedro Martins, que está agora no Olympiacos. Serão partidas muito difíceis, por dois motivos. Quem conhece aquele clube sabe que nos jogos em casa tem um apoio incrível dos adeptos. Por outro lado, foi uma equipa que investiu muito para conseguir chegar à 2.ª Liga. Mas vamos, de certeza, estar à altura do desafio.

O que podemos esperar destes jogos?

No Lusitânia de Lourosa conseguimos identificar algumas características comuns às equipas do Norte. A intensidade, a agressividade e ambição são demonstradas a cada duelo. Temos de estar preparados para não haver dúvidas de que queremos e podemos vencer. São duas equipas que se podem equivaler na ideia, embora com algumas nuances diferenciadas. A nossa procura uma posse de bola um pouco mais elaborada e o Lourosa, mais até pelas características dos jogadores da frente, tenta ter mais verticalidade e procuram alguns espaços no ataque diferentes daqueles que nós procuramos.

A conversa dos 50% de hipótese para cada uma das equipas adequa-se a esta eliminatória?

Sim. Em qualquer dos quatro jogos desta eliminatória será 50% para cada uma das equipas. Se noutras ocasiões em que participei nesta fase havia duas ou três equipas a que poderia ser atribuído algum favoritismo, este ano, sinceramente, estamos todos em pé de igualdade.

Não é injusto subirem tão poucas equipas de um lote tão grande de participantes?

São as regras com que temos de lidar, mas, de facto, o Campeonato de Portugal é um espaço muito difícil de sair para os clubes que têm a infelicidade de cair neste escalão. É como um funil. Entre 72 equipas só sobem duas. É difícil estar dez meses a querer ser regular, competente, vencer todos os domingos e depois em dois jogos joga-se uma época inteira.

O que encontrou em Leiria?

Tenho gostado bastante, pelas pessoas amáveis, tranquilas e que proporcionam um ambiente muito diferente daquele que se encontra noutros locais na relação entre a cidade e o futebol. É um dos elogios que tenho de fazer a quem tem apoiado a nossa equipa. Têm sido uns adeptos inexcedíveis e um pouco diferenciados até, porque não esqueço que nos momentos em que os resultados foram menos positivos nunca deixaram de nos apoiar. Tiveram sempre a mesma atitude, a mesma cara, o que noutros locais deste país não acontece. Em Leiria são um bocadinho mais racionais, sem o apoio deixar de ser igual. Fui positivamente surpreendido por esta postura e podem ter a certeza que vamos dar tudo para vê-los felizes.

E na União de Leiria?

Temos o melhor recinto desta divisão, ou não fosse um estádio do Euro'2004, e a nível de condições de treino não há nada de apontar. Sinto que toda a gente tem tentado o melhor para proporcionar as condições necessárias. Vamos continuar aplicados para satisfazer o nosso desejo e de todos aqueles que estão no processo.

Pegou na equipa num momento delicado.

O início foi turbulento, alguns jogadores importantes saíram e tive de perceber o momento. Olhei para o plantel existente e entendi que a estrutura poderia proporcionar as condições necessárias para chegar ao playoff. Procurei focar a equipa única e exclusivamente no jogo seguinte. O mais importante foi os jogadores acreditarem no trabalho que estava a ser desenvolvido. Temos remado todos para o mesmo lado e estas ideias, que são complexas, fazem-nos rumar para o lado certo. Os jogadores acreditam que desta forma estamos, todos nós, mais perto de sair valorizados, inclusive a União de Leiria.

Este é, curiosamente, o escalão onde terminou a carreira de futebolista, apesar do percurso rico na formação do Sporting e até uma temporada ao serviço do Real Madrid.

O meu trajecto acaba por revelar que não terei sido tão bom jogador quanto inicialmente se projectava. Por uma série de razões, que valem o que valem, mas que acabam por definir o futebol. A falta de oportunidades, talvez alguma aselhice no meio, mas sinceramente nunca foi por falta de vontade. Existe sempre alguma instabilidade quando temos 19, 20, 21, 22 anos. É uma fase importante e daí terem agora sido criados os campeonatos de sub-23 e as equipas B, que na altura não existiam em Portugal. Éramos lançados aos lobos, tivéssemos ou não maturidade futebolística ou até a personalidade construída. Não havendo essa rede de amparo era muito normal acontecer o que me aconteceu.

O jogador que cai neste escalão já não consegue sair?

Depende. A idade conta. Quem gere esta situação, os empresários, acredita que jogadores com 22 ou 23 anos ainda podem dar o salto e aos 25 ou 26 ainda podem ser vendidos. Custa-me falar assim do futebol, porque parece que estamos a falar de uma indústria, mas está cada vez mais desta forma.

De qualquer forma, só chegou a este patamar quando abdicou da carreira profissional.

Sim. Quando saí do Kavala, da Grécia, e quis regressar ao País para terminar a licenciatura e o mestrado. Este era um campeonato que me permitia treinar à noite e ir às aulas durante o dia. No Sousense, o meu último clube, era estudante, jogador da equipa sénior, treinador dos sub-10 e coordenador da formação. Tinha uma série de funções e acabaram por pedir-me para deixar a carreira de jogador e começar a de treinador.

O Filipe teve o mérito de perceber que o futebol não lhe ia dar o suficiente para viver dos rendimentos, o que nem sempre acontece.

Acredito que o jogador, hoje em dia, começa a ter uma perspectiva diferente. Devo elogiar o meu pai que, independentemente do sucesso que pudesse vir a ter, sempre me incutiu a ideia de nunca abandonar a possibilidade dos estudos. E quando vou para Madrid, com 17 anos, quis continuar a estudar. Fiz o 12.º ano, em Espanhol, e quando lá cheguei nem obrigado sabia dizer. Foi tudo muito estranho para as pessoas de lá. Andei, com aquela idade, sozinho, de autocarro, para o Ministério da Educação e para a embaixada portuguesa.

Era o único?

Sim, mas foi sempre um gosto, uma busca e uma inquietação. Pensava que queria ser professor de Educação Física. Depois, ao longo do tempo percebi não era bem isso, tinha mais que ver com um certo gosto pelo treino da minha modalidade. Foi essa inquietação que me fez procurar a faculdade de Desporto, nomeadamente a do Porto, nomeadamente pelas pessoas que sabia estarem ligados ao conhecimento no futebol, como os professores Vítor Frade, Júlio Garganta, António Natal, José Guilherme, Jorge Pinto ou Amândio Graça. Era um gabinete fabuloso, com um nível do conhecimento inacreditável.

Ter lidado com treinadores como Fabio Capello, por exemplo, ajudou a formar a personalidade enquanto treinador?

Vamos buscar sempre qualquer coisa. Todos têm influência, os melhores e os menos bons. Relativamente ao Cappello posso dizer que sim, mas também devo dizer que os tempos foram mudando ao longo destes mais de 20 anos. Ele marca pela postura no treino, pelo rigor, pelas regras. Se hoje em dia tivesse a atitude que ele tinha, não sei se seria treinador muito tempo. Os tempos são outros e o jogador aceita melhor  [LER_MAIS] umas coisas, mas não aceita tão bem outras, principalmente o que tem que ver com a internet e as redes sociais. Algumas funcionalidades que o ser humano hoje dispõe e que não abdica delas fazem com que seja tudo um bocadinho diferente. Mas aprendi a respeitar todos os treinadores e todas as ideias. Tenho a noção de que não sou o único inteligente à face da terra e a partir daí tenho de ser o mais competente e profissional para tentar ser o melhor possível.

Os treinadores portugueses estão com grande saída lá fora.

Há uma grande competência e é a competitividade que existe, pelo facto de sermos muitos e não haver assim tantas oportunidades, que faz com que tenhamos de ser mesmo muito bons. Há muita gente a pensar em futebol 24 sobre 24 horas, o que faz com que seja muito difícil ganhar um jogo em Portugal. Toda a gente está constantemente à procura de conhecimento e as redes sociais fazem a informação viajar a voar. Antigamente dizia-se que os treinadores eram muito fechados, mas agora toda a gente fala de tudo. Estão todos à procura da poção mágica. Isto é mais difícil do que as pessoas pensam, mas torna o jogo mais desafiante. Ou há uma grande competência ou estamos tramados.

As guerras tácticas devem ser muito desafiantes.

Todos os jogos são filmados, o que faz com que haja uma informação detalhada dos adversários. Quem se prepara melhor acaba por ser menos surpreendido. Para o bem e para o mal, este jogo está quase a transformar-se em xadrez e as equipas estão a tentar tornar-se num camaleão, mudando um bocadinho a cor, mesmo dentro do próprio jogo. Antes, falava-se muito do modelo de jogo. Hoje, uma equipa joga mediante determinado modelo, mas apresenta dinâmicas e nuances diferenciadas. A questão estratégica entrou cada vez mais para o jogo e, nesse sentido, a complexidade é muito grande. Conseguir transmitir tudo isso às equipas é obra.

E onde fica o talento dos jogadores?

O treinador não deve castrar a criatividade dos jogadores. Nesse sentido, deve potenciar ideias para ir ao encontro do melhor que cada um tem. Se fizermos isso, o talento do jogador acaba por ficar salvaguardado. Foi a paixão que nos trouxe até aqui, pelo que tento que nunca se perca a criatividade. Indico-lhes os caminhos, mas depois devem ser os jogadores a decidir. Não quero que as minhas equipas sejam desapaixonadas.

Por falar em criatividade, como era partilhar treinos e balneário com aquelas estrelas todas do Real Madrid?

Por mais incrível que pareça, o que mais me marcou foi a humildade. Quem olha de fora acha que existe alguma arrogância. Mas naquele meio, entre nós, jogadores como Mijatovic, Suker, Seedorf, Raul ou Roberto Carlos, cada um com a sua personalidade e com os seus mecanismos de defesa perante a sociedade, têm uma humildade muito grande. Considerava-os espectaculares.

Como foi o primeiro contacto?

Foi o Don Vicente del Bosque que me veio puxar de um treino da equipa B. Deixei de sentir as pernas, tremia por todos os lados e tive de me acalmar. Pensei que estava ali a oportunidade. Lembro-me do trajecto, não ia de mão dada mas quase, e ele ia a dar-me força. Estive durante um mês e pouco a treinar quase diariamente com eles, na minha melhor fase pela equipa B, e recordo-me de ter levado umas ‘frutas’ do Alkorta e do Hierro. Às vezes, o Suker era um bocadinho individualista. Olhava e pensava, com certeza, que eu era apenas um miúdo.

 

Etiquetas: filipecandidofutebolUDLuniaodeleiria
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