PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Entrevista

Entrevista | Pedro Santana Lopes: “O Estado Social foi à falência por tratar todos por igual”

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Janeiro 17, 2019
em Entrevista
0
Entrevista | Pedro Santana Lopes: “O Estado Social foi à falência por tratar todos por igual”
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter
Foram divulgadas, no sábado, as duas primeiras sondagens incluindo o Aliança. No estudo da Aximage o partido aparece com 1,2% e na da Eurosondagem com 4%. É um bom ponto de partido?
Mesmo que fosse 0,1% seria bom. Nascemos há dois meses e temos estado a trabalhar internamente, a preparar as propostas para apresentar às pessoas. Os partidos não são produtos do IKEA, que compramos para montar e pôr a funcionar. Para ser um processo sério, temos de estar absolutamente seguros e firmes daquilo que vamos dizer aos nossos concidadãos para melhorar a sua vida. Já fiz tanta estrada na política que não estaria aqui se não fosse para fazer isso. Fosse qual fosse a percentagem, era positivo. Um estudo que pedimos indica- nos que somos conhecidos de apenas 20% dos portugueses. Quando formos conhecidos de 70 ou 80%, os números das sondagens crescerão.
A meta que traçou em Outubro, de obter 10% nas legislativas, é alcançável?
Acredito que sim. Nos vários combates eleitorais em que estive envolvido, consegui sempre resultados muito melhores do que aqueles que as sondagens apontavam. Considero uma proeza termos já uma intenção de voto 4%. Daria para elegermos oito deputados, o que, no quadro actual, seria importante para soluções no Parlamento.
 
A crise interna no PSD pode favorecer o Aliança?
Espero que não. Não querendo falar do PSD, quero que triunfemos por mérito próprio e não por demérito dos outros. Não quero tirar partido de nenhuma crise de outra força política. Tenho a consciência muito tranquila. Ninguém pode dizer que tentei desviar alguém de outro partido. Gosto muito que se juntem à Alianla pessoas da abstenção. Será um grande contributo para a democracia portuguesa. O apelo que faço a quem se tem abstido, no distrito de Leiria e no País, é para que nos dêem o privilégio de nos escutarem e de ver se merecemos um pouco de crédito. Não pelo que fizemos de bem ou de mal no passado, mas pelas propostas que trazemos.
 
O que é que o Aliança pode trazer de diferente?
A diferença do Aliança está nas suas propostas. Na área social, por exemplo, trabalhamos para acabar com guetos geracionais. A protecção social às pessoas com mais idade não pode passar por as instalar definitivamente em equipamentos sociais, afastando-as da vida real. Relacionado com isso, é vital olhar para a questão dos cuidadores, apoiando as famílias com dependentes para cuidarem deles sem terem de os institucionalizar. Esta é uma exigência enorme para qualquer partido numa sociedade como a portuguesa, onde o desequilíbrio demográfico é cada vez maior. Outra área primordial é a coesão territorial.
 
Há anos que a coesão territorial é apontada como prioridade para o País, sem se passar à prática.
É verdade, mas eu tenho uma história diferente. Fui o único primeiro- ministro que espalhou departamentos governamentais pelo País, distribuindo secretarias de Estado de Norte a Sul [a medida ficaria sem efeito devido à queda do Governo]. O País precisa de descentralizar serviços, mas não 'à Infarmed'. Tem de ser descentralizar serviços, apostando também nas populações locais e nos jovens quadros desse território. É o único caso em que admito, na contratação de recursos qualificados, que a Função Pública possa alargar os seus efectivos. É um erro crasso manter o País absolutamente centralizado em Lisboa. Fui presidente da Câmara da Figueira da Foz e do Conselho da Região Centro e sei bem o que é estar fora de Lisboa e tão dependente das decisões da capital. Defendo também a descentralização de equipamentos e de infra-estruturas.
 
É defensor da abertura da Base Aérea a Monte Real à aviação civil.
Considero inaceitável que a Base Aérea de Monte Real não abra ao tráfego civil. É mais um exemplo de irracionalidade e de má gestão dos equipamentos e dos recursos públicos. O meu último acto oficial como primeiro-ministro foi vir de Falcon a Monte Real para sublinhar a necessidade de abrir a base à aviação civil.
 
Na recente Convenção da Europa e da Liberdade  [LER_MAIS] propôs uma coligação pós-eleitoral para derrotar a esquerda. Quem caberá nessa coligação?
Os partidos políticos já existentes e que venham a ser criados e que se revejam nos princípios que defendemos e/ou sugeridos por outras forças políticas e que passem, fundamentalmente, pela aposta no crescimento económico, na crença e na convicção absoluta de que é na liberdade da iniciativa privada e no investimento público e privado que nasce o desenvolvimento do País. A nossa economia precisa de mais competitividade e de romper o fatalismo de irmos ficando para trás, ultrapassados por países como a Polónia, a Eslovénia e outras nações da Europa que há dez ou 15 anos não estavam na União Europeia.
 
Admite, em alguma circunstância, juntar-se ao PS para formar maioria?
Não. O PS e o Dr. António Costa têm de ser julgados pelo caminho que seguiram. Aceitaram fazer um governo único na Europa, apoiado por comunistas e por bloquistas, a extrema-esquerda. É uma opção legítima. Mas não fica bem a ninguém virar casaca nas opções políticas fundamentais para o governo do País. Se uma pessoa aceita e quer governar à esquerda, não pode depois querer mudar de horizontes. A posição do Aliança é clara: governar com as forças políticas moderadas, que não querem coligações com comunistas ou bloquistas nem com o PS de António Costa. É possível formar uma frente patriótica, defensora do crescimento, do progresso, da solidariedade e da justiça e que convença os portugueses de que a aposta-chave é o crescimento económico.
 
Como é que isso se consegue?
A receita não está por descobrir. Temos de criar um clima propício ao investimento, baixando os impostos que pesam sobre as empresas. Não para dar mais riqueza aos empresários, mas para dar às empresas mais condições para criarem mais emprego e melhores salários. Temos de combater a fatalidade da economia de baixos salários. Os políticos que nos governam falam só em cortar e não em crescer. A despesa pode e deve continuar controlada, mas é preciso fazer o Estado gastar menos.
 
Em que áreas?
Na área da saúde, por exemplo, a Aliança defende a generalização dos seguros de saúde, que hoje já são subscritos por cerca de 2,5 milhões de portugueses. Queremos que a generalidade dos cidadãos tenha o direito de escolha, seja no SNS seja no privado ou no terceiro sector. Não podemos ter preconceitos. Diz-se que o SNS é tendencialmente gratuito, mas, quando não há dinheiro para pagar o tendencialmente gratuito, não há médicos e marcam-se consultas e cirurgias com um ano de atraso.
 
Que outras propostas tem o Aliança para a redução de encargos?
É possível fazer uma reestruturação dos encargos anuais com a nossa dívida externa, garantindo a confiança dos mercados. Pagamos, por ano, cerca de sete mil milhões de euros de juros relativos à dívida. São cerca de 3,5% do PIB. É um peso enorme, fruto das asneiras que cometemos. Em várias áreas do Estado temos de ser capazes de encontrar sistemas que garantam menos despesa. Ao contrário do que anda a dizer o PCP, não defendo a privatização da Segurança Social nem do SNS. Os cidadãos devem é ter o direito a fazer os seus descontos para sistemas de previdência social privados complementares. Isto acontece na generalidade dos países europeus. Com o desequilíbrio da pirâmide etária, cada vez será mais difícil ao Estado assumir todas as responsabilidade que tem para com as novas gerações. A poupança de recursos ao Estado passa também por geri-los bem, com eficiência. Não excluo as Parcerias Público-Privadas (PPP).
 
Em que áreas admite PPP?
Na saúde, mas não só. As PPP, em si mesmo, não são más. O que não aceito são negócios escandalosos a favor dos privados. Em 2004, como primeiro-ministro, denunciei a vergonha dos contratos das SCUT [vias sem custo para os utilizadores] que favoreciam escandalosamente determinadas instituições privadas. A esquerda, na sua demagogia, defende que ninguém deve pagar nas SCUT. Eu defendo uma diferenciação para os residentes. O princípio de ninguém pagar não é justo, seja nas propinas ou nos manuais escolares seja na redução dos passes sociais para todos. O Estado Social foi à falência por tratar todos por igual e com gestão errada. O mal desta frente de esquerda que tem estado no poder é que nos quis convencer de que não há outras soluções além das que defende, quando há opções que permitem poupar e ser mais eficaz na gestão do Estado. Este Governo reverteu concessões para satisfazer determinadas pretensões políticas. Só que isso tem custado muito dinheiro ao erário público e a degradação de serviços rodoviários, ferroviários e de transporte. O Estado tem de assegurar a saúde, a educação, a protecção social de quem é dependente e as funções de soberania. A partir daí, tem de confiar na força da economia privada.
A actual maioria tem passado a ideia de que os recursos do Estado são quase ilimitados?
De certa forma sim e não se pode brincar com a expectativas das pessoas. Não podemos ter um Estado, seja qual for o governo, a dizer que a Função Pública tem de emagrecer, que é preciso austeridade e depois vir outro governo passar a mensagem de que a austeridade passou e que volta tudo ao que era. Temos de ter um rumo. É preciso um acordo mais alargado sobre as grandes opções de governação. Portugal não pode passar a vida a andar para a frente e para trás, para cima e para baixo. O senhor Presidente da República devia usar o capital político que tem para se empenhar na defesa da causa da produtividade e da justiça.
 
O Presidente da República completa este mês três anos de mandado. Que avaliação faz?
Muito positiva. Tem uma obra extraordinária no plano do enriquecimento da auto-estima dos portugueses. É um homem muito generoso e muito solidário. Às vezes, diz e faz coisas com as quais não estou de acordo. Ainda não percebi se defende o fim das propinas. Se defender, discordo totalmente. Às vezes, é simpático com o governo em funções. Gosto de ver os presidentes solidários com os governos, mas têm de ser também justos com as oposições. Às vezes, o Presidente diz que a oposição tem de ser mais forte. Pois, mas o Governo também tem de ser melhor e não o ouço dizer isso. Fora isso, o balanço é extremamente positivo. É um Presidente que está sempre junto dos que sofrem. Há quem diga que é um excesso. Não é. Já vi, enquanto provedor [da Misericórdia de Lisboa], o bem que faz às pessoas, com aquela boa disposição que desarma qualquer um, mesmo quem está a sofrer. É um ser humano fantástico, que tem feito muito bem a Portugal.

Faz sentido que o Presidente da República receba em audiência os dois protagonistas da crise no PSD?
Como não falo do PSD, também não vou falar sobre isso. Até porque não quero julgar as audiências do Presidente da República.

 
Percurso
Uma vida feita de muitas batalhas políticas

Tem, como o próprio diz, feito “muita estrada” na política. Pedro Santana Lopes nasceu em Lisboa, há 62 anos. Frequentou o Liceu Padre António Vieira e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde tirou advocacia e presidiu à Associação Académica. Quando terminou a licenciatura, e já militante do PPD/PSD, como sempre gostou de se referiu ao partido, foi chamado para adjunto do ministro Álvaro Monjardino, no governo de Carlos Mota Pinto. Em 1980, torna-se assessor do seu ídolo Sá Carneiro, até à morte deste. Assume depois o mandato de deputado e, mais tarde, o cargo de secretário de Estado da Cultura no Governo de Durão Barroso. Segue-se uma interrupção na política, para assumir a presidência do Sporting Clube de Portugal. Em 1997, conquista a Câmara da Figueira da Foz e nas autárquicas seguintes a de Lisboa. Em 2004, quando Durão Barroso sai do Governo para a Comissão Europeia, é indigitado primeiro- -ministro, cargo onde esteve escassos meses. O seu governo cai e nas legislativas seguintes sofre uma pesada derrota contra José Sócrates. Em 2009 candidata-se, de novo, à Câmara de Lisboa, mas desta vez perde para António Costa. Em 2011, o Governo de Passos Coelho indica-o como provedor da Misericórdia de Lisboa, tendo sido reconduzido, em 2016, por António Costa. Há um ano, disputou, pela quinta vez, a liderança do PSD, desta feita, contra Rui Rio. Após a derrota, defiliou-se do partido e fundou o Aliança.

Etiquetas: aliançaentrevistapedro santana lopessociedade
Previous Post

Infraestruturas de Portugal justifica corte de árvores com questões de segurança

Próxima publicação

Hotel de charme proposto para antigo Convento dos Capuchos

Próxima publicação
Hotel de charme proposto para antigo Convento dos Capuchos

Hotel de charme proposto para antigo Convento dos Capuchos

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Publicidade Edição Impressa
  • Publicidade Online
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.