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A Novares apresentou esta terça-feira a nova tecnologia de acabamento de superfícies implementada na fábrica de Leiria.
Trata-se da tecnologia IML (In-Mold Labeling) para acabamento de superfícies das peças plásticas que produz para a indústria automóvel.
Com este investimento, que ascende a dois milhões de euros, segundo revelou na cerimónia Pierre Boulet, CEO da Novares, a empresa adquiriu equipamentos de serigrafia, conformação a alta pressão, corte e inspecção automática.
A tecnologia IML permite imprimir decorações ou desenhos e caracteres funcionais directamente numa folha plástica, que são posteriormente conformados em geometrias tridimensionais e sobremoldados no componente plástico, explica a empresa em comunicado.
“Esta nova aquisição tecnológica permitirá à Novares responder às solicitações cada vez mais exigentes dos seus clientes, que procuram componentes personalizados, decorados e com superfícies funcionais”, adianda.
“O que produzimos são botões mas, como sabemos, a tendência é que os carros tenham cada vez menos botões e cada vez mais écrans touch. Se não tivéssemos investido nesta tecnologia, chegar-se-ia a um ponto em que a fábrica iria morrer, porque o produto actual desaparecia. Com este investimento estamos a assegurar que temos futuro”, disse aos jornalistas Gilberto Landim, director da fábrica da Barosa.
O projecto foi proposto pela equipa de Leiria à administração do grupo, a quem o director da unidade agradeceu a confiança durante a cerimónia, e esta unidade será, para já, a única a dispor desta tecnologia.
“Os carros vão ser diferentes no futuro. Nós também temos de mudar. Temos investido e vamos continuar a investir para isso”, disse no evento Pierre Boulet.
[LER_MAIS] “A Novares está continuamente a expandir as suas capacidades dentro de casa e a introduzir novas tecnologias para garantir que poderá responder às necessidades futuras dos seus clientes”.
O CEO lembrou ainda que a Novares tem três unidades em Portugal e está “contente com todas”. Afirmou que “é fácil fazer negócios em Portugal”, país onde se encontram talentos e engenheiros qualificados, e um espírito e atitude que louvou.
O evento serviu ainda para apresentar o Nova Car1, viatura de demonstração do grupo que integra 16 inovações, “contribuindo para carros mais eficientes e amigos do ambiente e do utilizador”.
A fábrica da Barosa, que emprega cerca de 550 pessoas, produz sistemas de componentes plásticos complexos, tais como painéis de instrumentos, frontais de multimédia e climatização para o interior das viaturas, fornecendo-os aos seus clientes em todo o mundo. Entre eles contam-se BHTC, Bosch, Continental, Faurecia, Harman, Kostal e Visteon.
Os produtos aqui fabricados “têm elevado rigor técnico e resultam de vários processos de fabrico, nomeadamente injecção de plásticos, pintura, gravação a laser, tampografia e montagem robotizada.
A fábrica de Leiria é uma das 42 que a Novares – sediada em França e resultante da fusão entre a Mecaplast e a Key Plastics, em Setembro do ano passado – tem espalhadas por 21 países.
Às fábricas juntam-se sete centros de excelência, um deles em Leiria, cinco centro técnicos e 17 de serviço ao cliente. Com dez mil empregados, o grupo fornece as 60 marcas líderes do mercado automóvel.
