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Verão é sinónimo de férias. As viagens para destinos de praia são cada vez mais procuradas, mas têm os seus riscos, nomeadamente, quando o local escolhido é fora da Europa. A consulta do viajante é recomendada para serem dados conselhos sobre os cuidados a ter e eventuais vacinas a tomar.
Ana Silva, responsável pela consulta do viajante em Leiria, alerta os casais jovens que pretendam engravidar em breve para evitarem destinos como América do Sul, Ásia ou África, onde prolifera o zika. “Temos alertado para isso, porque tem de haver um resguardo, de pelo menos seis meses, não só para a mulher, como para o homem, que também é transmissor”, explica a médica.
Nestas situações, o conselho é que optem por destinos na Europa ou a norte da Flórida. Além dos cuidados a ter com a picada dos insectos, Ana Silva alerta ainda para algumas doenças presentes nestes destinos como a febre amarela e o dengue. “É recomendado que se faça, pelo menos uma vez, a consulta do viajante para se ter noção de cuidados básicos.”
A especialista revela, por exemplo, que o ibubrofeno, é “desaconselhado para os destinos referidos”. Segundo explica, “não se devem tomar anti-inflamatórios” para o dengue ou zika, já que pode “provocar hemorragias”.
E, o problema, diz, é que as pessoas podem desconhecer que uma simples febre ou sintomas de constipação podem estar associadas à picada do zika ou ao dengue. Além dos cuidados com as picadas de insectos, comer e beber de tudo é também desaconselhado. “Há quem diga que: ‘se eles lá comem isso e bebem a água…’ Mas, cada habitante está habituado à “porcaria” do seu país. Nós estamos habituados à rede bacteriana da Europa, mas não à de outros continentes”, constata.
Por isso, é preciso ter cuidado com a água corrente (nem serve para lavar os dentes), ao gelo e cocktails, que “podem ser feitos com água da torneira” e “há alimentos que se devem evitar”. As vacinas são recomendadas para determinados casos: “depende do tempo em que se vai estar e do tipo de viagem”.
“Se a pessoa vai ficar um mês a fazer voluntariado ou fazer turismo de mochila às costas terá uma profilaxia diferente de quem vai com tudo organizado para um resort.” No entanto, além das vacinas que integram o Plano Nacional de Vacinação, Ana Silva aconselha a que qualquer turista seja imunizado para a hepatite A.
Na zona do leste da Europa, depois da Áustria, há registo de encefalite da carraça, que é provocada pela picada deste parasita, pelo que a vacina pode ser uma opção, assim como a protecção contra a encefalite japonesa, presente na Ásia.
