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Estão ultrapassadas as questões que estavam a inviabilizar a compra da antiga Fábrica Escola Irmãos Stephens (FEIS) pela Câmara da Marinha. Isso mesmo é confirmado pelo Município ao JORNAL DE LEIRIA, que revela que o valor da transacção será de 1,2 milhões de euros.
Segundo aquele esclarecimento, a formalização da compra está ainda dependente do “envio de minuta da escritura para aprovação da Câmara Municipal e posterior remessa ao Tribunal de Contas para visto prévio”.
O negócio já tinha sido tentado em 2016. A autarquia chegou mesmo a aprovar a compra, mas viria a revogar a decisão, por questões relacionadas com o facto de o espaço estar, então, parcialmente ocupado.
“Fomos informados pelo actual proprietário que a questão estava sanada, deixando de pender qualquer processo judicial sobre a propriedade. Também tivemos conhecimento de que a empresa [ JM Glass] que ainda ali estava instalada havia [LER_MAIS] já abandonado as instalações”, adianta a Câmara.
Sobre a ocupação futura do espaço, o Município refere que “não está nada definido”. O primeiro passo, frisa a autarquia, “é a aquisição daquele imóvel que é de um especial interesse público, do ponto de vista patrimonial, histórico e cultural”.
Depois, assegura, o que ali vier a nascer “deve honrar o seu passado e o seu significado para a Marinha Grande, além de contribuir para a revitalização do centro tradicional cidade”.
O imóvel em causa acolheu a Real Fábrica de Vidros e, posteriormente, a Fábrica Escola Irmãos Stephens, tendo associado outros espaços que complementavam a fábrica, classificados hoje como património de interesse publico, e que hoje acolhem equipamentos culturais (Biblioteca Municipal, Museu do Vidro e Casa da Cultura – Teatro Stephens).
À agência Lusa, a coordenadora Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV), Etelvina Rosa, disse que gostaria de ver no imóvel algo que chegou a ser sugerido ao Município após a insolvência da Jorgen Mortensen.
“Enquanto sindicato, gostaríamos que ali fosse um centro de ciência viva com funcionamento permanente, para mostrar ao público as técnicas de fabrico do vidro, o que seria também o mais lógico e justo”, declarou.
