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Home Sociedade

Maior preocupação com a saúde nem sempre se traduz em mudança de hábitos

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Abril 5, 2018
em Sociedade
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Maior preocupação com a saúde nem sempre se traduz em mudança de hábitos
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Estamos mais preocupados com a nossa saúde. Já não se vai ao médico apenas quando dói e a palavra prevenção, seja fruto da multiplicação de campanhas de sensibilização seja resultado da pressão dos profissionais de saúde, parece estar a entrar no dia -a-dia dos portugueses

Há uma maior consciência do que, em termos alimentares, faz bem ou mal e da importância do exercício físico na saúde e no bem-estar. No entanto, entre o saber e o fazer vai ainda uma distância significativa.

Isso mesmo evidencia o mais recente Inquérito Alimentar Nacional e da Actividade Física (IANAF), divulgado no ano passado. Este estudo revelou um país onde mais de metade da população (57%) tem excesso de peso e onde apenas 20% dos adultos realiza mais de 150 minutos de actividade física por semana. Entre os jovens, dos 15 aos 21 anos, só 36% são fisicamente activos.

De acordo com os dados daquele inquérito, um em cada quatro adultos consome níveis considerados excessivos de álcool e 17% da população bebe diariamente refrigerantes ou néctares, a maior parte com quantidades exageradas de açúcar.

No meio de tanta estatística preocupante há, contudo, alguns sinais positivos, como a diminuição do consumo de tabaco. Pedro Graça, coordenador da Plataforma Nacional contra a Obesidade, destacava ainda, num artigo de opinião publicado na revista Visão aquando da divulgação do estudo, o crescimento do “interesse” dos cidadãos em torno da alimentação saudável e dos produtos com menos sal e açúcar e a adopção de algumas estratégia como a proibição em certos locais de máquinas de venda automática com produtos de “muito má qualidade nutricional” ou a oferta nas cantinas escolares de modelos “mais saudáveis”.

“Esperemos que estes sinais signifiquem uma inversão de percurso e uma tolerância perto do zero para os produtos que nos 'matam' no dia-a-dia”, escrevia, então, Pedro Graça.

A nutricionista Joana Moutinho reconhece que há hoje “uma maior consciencialização e mais informação” sobre a alimentação e sobre os benefícios do exercício na saúde e no bem-estar, o que, no seu entender, se traduz “numa geração mais preocupada em ter um estilo de vida mais saudável”.

Essa preocupação reflec tese, por exemplo, numa “maior procura de informação sobre alimentação, leitura de rótulos, alimentos mais naturais e de produção local” e no incremento das hortas urbanas, que é também um sinal de que as pessoas “tentam a busca por alimentos mais frescos e naturais”.

“As pessoas já perceberam que uma alimentação saudável é a base para serem saudáveis e prevenirem doenças, principalmente, patologias crónicas”, constata.

Ir ao médico quando não dói

Médica de família no Centro de Saúde de Fátima, Helena Barroso também considera que as pessoas estão mais preocupadas com a sua saúde, o que se reflecte na procura de cuidados primários para fazer prevenção.

“Hoje já não se vai ao médico apenas quando dói ou há queixas”, acrescenta Ana Barros, coordenadora da Unidade de Saúde Familiar Cidade do Lis, em Leiria, frisando que essa atitude preventiva acontece “por iniciativa dos utentes”, mas também por “incentivo” dos profissionais de saúde, com a marcação de consultas de controlo de determinadas patologias e com contactos prévios a recordá-lo.

 [LER_MAIS] “As faltas a essas consultas não são significativas. As pessoas aderem”, refere Ana Barros, sublinhando que as questões relacionadas com a alimentação saudável, a importância do exercício físico ou a perda de peso “são temas, cada vez mais, abordados nas consultas”.

Segundo Helena Barroso, há também mais pedidos de apoio para deixar de fumar, mas “a vida actual, muito marcada pela ansiedade e pelo stress, torna esse objectivo mais difícil”. “Às vezes, a ajuda dos filhos adolescentes, já bem informados sobre o assunto, acaba por ser mais eficaz”, observa a médica, para quem esta “maior preocupação” com a saúde se deve, sobretudo, ao acesso facilitado à informação. O que, nota, às vezes, resulta em alguns “exageros”, nomeadamente no pedido desmensurado de exames complementares de diagnóstico ou de análises clínicas.

“O Dr. Google também contribui muito para esta maior preocupação. Isso acontece muito nos casos de pessoas que têm familiares com determinadas doenças. Começam a pesquisar, a ver os possíveis sintomas e a ler tudo e mais alguma coisa, umas vezes informação credível outras nem tanto, e vêm a correr pedir uma bateria de exames. Ao médico de família cabe informar correctamente em função do historial da pessoa e dos antecedentes familiares”, alega Helena Barroso.

Recuperar o homo ludens

Mas, será que a maior consciencialização da população para a importância da alimentação saudável e do exercício físico na saúde e no bem- -estar, se traduz na alteração de hábitos? “Nem sempre”, responde a nutricionista Joana Moutinho, que considera que as pessoas “continuam a ter dificuldades em aplicar o que sabem no seu dia-a-dia, a fazerem algumas escolhas, em gerir as suas rotinas e em adoptar mudanças profundas”.

Em resultado disso, “continuamos a deparar-nos com muitos erros alimentares e falta de actividade física”, como evidenciam os dados do IANAC. “Falta, muitas vezes, passar da teoria à prática”, afirma a técnica.

Carlos Neto, catedrático na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, partilha da mesma opinião. “Há consciência de que a actividade física é saudável e dos inúmeros benefícios que tem para o organismo, mas falta, em muitos casos, passar da teoria à pratica”, defende o investigador, alegando que “nunca houve tanto sedentarismo e falta de mobilidade no dia-a-dia” como agora, o que levanta “problemas em termos de saúde pública”.

Como se pode, então, inverter esse caminho? Para Carlos Neto, a solução passa por “recuperar o homo ludens, o ser lúdico e com necessidade de brincar”. “Não vivemos para estarmos sentados ou parados, mas sim para sermos dinâmicos e activos. O corpo não pode estar esquecido”, acrescenta o investigador, que alerta: “Nunca como agora foi tão importante exercitarmos e darmos mobilidade ao corpo”.

Nesse sentido, o docente defende que “as aldeias, as vilas, as cidades e as escolas precisam de encontrar políticas e estratégias para que a actividade física e o jogo estejam presentes”. E, neste domínio, reconhece, já há alguns “sinais positivos”, como o incremento de espaços ao ar livre que propiciam a actividade física, dando como exemplo o que se passa em Leiria, nomeadamente ao longo do percurso Polis.

“As vezes, precisamos de estímulos que nos façam mudar de comportamentos. O aparecimento destes espaços acaba por estimular a prática de exercício”, reconhece o investigador, para quem “não há melhor medicamento do que a actividade física”.

Etiquetas: alimentação saudávelbem-estarhabitos saudáveissociedade
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