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Mais de 100 pessoas já subscreveram o documento na internet onde se lê que "O Manifesto em Defesa da Cultura e os cidadãos abaixo-assinados repudiam as declarações da directora regional da Cultura [do Centro] e afirmam que, em face da atitude que elas revelam, a Dra. Celeste Amaro não tem condições para continuar no cargo". Em consequência, "apelam ao Ministro da Cultura para que aja, em conformidade e com urgência".
Em causa estão as declarações da directora regional da Cultura do Centro, Celeste Amaro, proferidas em Leiria, sobre a companhia de teatro Leirena: "É uma lição de como um grupo de teatro profissional, com três actores, que se dedica de corpo e alma ao seu trabalho, vive sem pedir dinheiro, não incomoda a administração central”, disse Celeste Amaro, na apresentação do programa de actividades do Leirena para 2018.
A petição online dirigida ao ministro Luís Castro Mendes conta, entre os primeiros 110 subscritores, com dramaturgos, actores, professores universitários, museólogos, investigadores, programadores culturais, encenadores e outros profissionais ligados à cultura.
Celeste Amaro reagiu entretanto em comunicado, garantindo que "quis valorizar" a forma como o Leirena "tem desenvolvido a sua actividade, sem necessitar de qualquer apoio financeiro da administração central, ao longo dos seus quase sete anos de existência", sem que "tal atitude ponha em causa quaisquer outras formas de financiamento".
Também o Leirena Teatro emitiu um esclarecimento, depois da polémica se instalar: "Foi em desespero de causa que chamamos a Sra. Diretora Regional de Cultura do Centro para conhecer e avaliar o nosso trabalho na apresentação pública da Programação para 2018, assim como para se inteirar das nossas dificuldades. E não como por exemplo – Vejam como conseguimos esta programação sem subsídios!", escreveu o director Frédéric da Cruz Pires.
