O município de Porto de Mós vai entrar na candidatura da calçada portuguesa a Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO). Para tal, a autarquia irá aprovar, nos próximos dias, a adesão à Associação da Calçada Portuguesa (Porpav), constituída no final do ano passado com o objectivo de avançar com o processo e que irá também integrar a Câmara de Lisboa.
Para Jorge Vala, presidente da autarquia de Porto de Mós, faz “todo o sentido” incluir o concelho neste processo, porque “é aqui que se extrai parte significativa” da pedra trabalhada para a execução e aplicação de calçada portuguesa.
O autarca destaca ainda a “qualidade do trabalho” desenvolvido por empresas sediadas no concelho na aplicação de calçada e que “têm um papel determinante para a concretização daquilo que é o reconhecido património da calçada portuguesa”. Por outro lado, frisa, o município “sempre privilegiou” o uso desta matéria-prima em arruamentos e na execução de passeios.
[LER_MAIS] Com a associação a este projecto, o município pretende contribuir para a “valorização da qualidade” das matérias-primas extraídas na região e do trabalho desenvolvido pelas empresas do concelho e “dignificar a especialização necessária para a execução e aplicação da calçada portuguesa”.
Para Jorge Vala, a classificação como património imaterial da UNESCO “trará notoriedade e reconhecimento, não só aos locais que exibem os trabalhos de aplicação da calçada, mas também às empresas e entidades ligadas ao sector da pedra, onde Porto de Mós está bem representado”.
Entre os objectivos da Associação da Calçada Portuguesa está a protecção, promoção e valorização de calçada, “enquanto património cultural e factor de identidade de Portugal”, e a apresentação e promoção da sua candidatura à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO).