É um projecto que se quer afirmar por ser “o mais sustentável possível”, desde a aposta na produção biológica até à valorização dos excedentes, passando pelo recurso à energia solar e pelo reaproveitamento das instalações onde funciona.
Falamos da Gwiker, uma empresa que nasceu em Porto de Mós e que se dedica à produção de cogumelos shiitake, estando agora também a apostar na confecção de snacks saudáveis, nomeadamente, fruta desidratada e purés de fruta.
Director comercial da empresa, Diogo Maurício explica que “todo o projecto nasce de uma noção de sustentabilidade”, a começar pelas próprias instalações, que funcionam numa agro-pecuária que se encontrava inactiva há vários anos.
“Em vez de se criar uma unidade de raiz, optou-se pela reabilitação de um espaço, dando-lhe uma nova utilização”, frisa o responsável, adiantado que o projecto arrancou em 2016, com a inoculação de cerca de 200 toneladas de madeira, que já começaram “a dar cogumelos”.
Para aproveitar “algum excedente” do produto fresco, a Gwiker investiu depois na aquisição de um desidratador híbrido, que funciona a energia solar. Como forma de rentabilizar o equipamento, a empresa avançou para aconfecção de snacks saudáveis com fruta desidratada, que serão introduzidos no mercado nas próximas semanas.
[LER_MAIS] Segundo Diogo Maurício, “foco” da empresa é a produção de cogumelos (frescos e desidratados), que já estão a ser comercializados nas lojas Celeiro, Copa e Igreja Cister (Alcobaça). A Gwiker vende também para alguns espaços deprodutos biológicos em Lisboa e para vários restaurantes da capital.
A introdução dos snacks – “100% naturais, sem qualquer tipo de adições” – pretende contribuir para a “sustentabilidade” do projecto, sublinha aquele responsável, adiantando que o objectivo é dar “maior rentabilidade ao equipamento e estrutura montada”.
Esses snacks são confeccionados compêra e maçã da região Oeste, com “o aproveitamento e valorização de fruta de baixo calibre”.
Até ao final deste ano, a meta da Gwiker é conseguir “uma boa cobertura do mercado nacional” e começar a pensar na exportação. Nesse sentido, a empresa tem prevista a presença em algumas feiras para promover os seus produtos.