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Home Sociedade

Hospital de Leiria com 50% de “falsas urgências”

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Janeiro 18, 2018
em Sociedade
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Hospital de Leiria com 50% de “falsas urgências”
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O pico da gripe ainda não chegou este Inverno – o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge prevê que tal aconteça nos próximos dias – e já há denúncias e imagens a revelar o caos nas urgências hospitalares.

Nas últimas semanas, têm vindo a público fotografias, divulgadas em muitos casos pelos próprios profissionais de saúde, que mostram amontoados de camas e de macas com doentes nos corredores e até em vãos de escadas.

Leiria não está imune à polémica. Depois de a Bastonária dos Enfermeiros ter dito que, também aqui, há doentes que são escondidos quando há visitas de membros do Governo, o jornal online Observador exibiu uma fotografia partilhada por enfermeiros do hospital que denunciam a falta de capacidade de resposta do serviço de urgência para enfrentar o aumento da afluência de doentes.

Na imagem vê-se uma zona que, normalmente, é ocupada por cadeirões e que serve como zona de passagem, inundada de macas com doentes. Escasseiam ainda enfermeiros e auxiliares e, segundo o Observador, começa também a rarear algum material e medicamentos.

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) reconhece que nem tudo funciona bem e que o problema reside “sobretudo no excessivo e indevido recurso às urgências”.

No mês de Dezembro e primeira semana de Janeiro, o Serviço de Urgência Geral registou uma média diária de 285 atendimentos, um número que foi largamente ultrapassado nos dias que se seguiram ao Natal, quando se verificaram picos na ordem dos 360 atendimentos. São, alega a administração do CHL, “números extremamente elevados e que trazem evidentes transtornos ao normal funcionamento” do serviço.

Os dados facultados pelo CHL ao JORNAL DE LEIRIA revelam ainda uma outra face do problema: as “falsas urgências”. Ou seja, de acordo com o levantamento feito pela instituição, cerca de metade (50% em Dezembro e 51% na primeira semana de 2018) dos atendimentos são considerados “não urgentes”, classificados com pulseiras branca, verde e azul.

“Falsas urgências” que poderiam ou deveriam ter sido resolvidas ao nível dos cuidados primários e que, além dos “transtornos” ao funcionamento do serviço, “que fica desnecessariamente sobrecarregado, quer no que respeita à estrutura física, quer no que respeita às equipas, e com tempos de espera mais elevados”, comporta “riscos para os utentes, nomeadamente pelo contágio de outros utentes”, adverte a administração do CHL.

“Gravíssima carência de profissionais”

A sobrecarga da urgência e a necessidade de articular melhor os cuidados de saúde hospitalares e primários foi, aliás, o tema central de uma reunião realizada na semana passada e que juntou representantes de várias entidades regionais de saúde.

Na ocasião, Helder Roque, presidente do CA do CHL defendeu a aplicação de medidas “extraordinárias” para assegurar a resposta aos utentes nos períodos de grande afluência às urgências.

Aquele responsável propôs mesmo o alargamento dos horários dos centros de saúde, considerando “fundamental” que, nos períodos de maior sobrecarga, estes pudessem funcionar “aos sábados, domingos e feriados dentro do mesmo período dos dias úteis, prolongado até às 20 horas, em vez de somente até às 13 horas”.

O problema é que muitos centros da saúde da região já têm dificuldades, com os meios disponíveis, para assegurar o serviço dentro dos horários em vigor. Isso mesmo é reconhecido por Pedro Sigalho, director do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Pinhal Litoral, do qual fazem parte os concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós, que vê como “muito complicado” atender à proposta feita pelo presidente do CA do CHL.

Aquele médico sublinha a “gravíssima carência de profissionais de todas as áreas” que afecta os centros de saúde e que abrange não só o quadro médico, mas também “enfermeiros, administrativos e pessoal auxiliar e, nas sedes, elementos de segurança”.

 [LER_MAIS] Quantos faltam? “Muitos. Na ordem das dezenas de cada grupo profissional”, responde Pedro Sigalho. E os utentes sentem isso na pele. Nos últimos tempos, muitas têm sido as notícias de unidades de saúde da região encerradas ou a funcionar a meio gás porque não há médico ou até mesmo administrativo.

No concelho de Leiria, a extensão de Regueira de Pontes esteve fechada durante quase três anos por falta de médico, uma situação que também tem afectado várias freguesias de Porto de Mós, nomeadamente algumas que ficam mais distantes da sede do município e com uma população muito envelhecida.

Neste concelho, a ausência de administrativo já fechou, durante uma larga temporada, a extensão de Alqueidão da Serra, obrigando os utentes a recorrer a Porto de Mós ou ao hospital. Às portas da cidade de Leiria, a povoação de Parceiros reclama pela substituição de um dos clínicos, que está de baixa por “doença prolongada” há mais de dois anos e meio.

Na Marinha Grande, à falta de recursos humanos – médicos, enfermeiros e administrativos – junta-se a precariedade das instalações, quer no centro de saúde da cidade quer na extensão de Vieira de Leiria. Aqui, há relatos que dão conta de que “chove” no edifício “quase como na rua”.

A Comissão de Utentes em Defesa do SAP 24 Horas-Marinha Grande acusa o Ministério da Saúde de “inoperância” e convocou, para a próxima segunda- -feira, dia 22, mais uma concentração, exortando a população a manifestar a “indignação pelo que está a acontecer” e a “exigir a supressão das lacunas existentes” nos serviços públicos de saúde do concelho.

Entre as principais reivindicações está o “funcionamento pleno do SAP 24 horas”, o aumento do número de médicos e de administrativos, a reposição do quadro de enfermeiros e obras nas unidades de saúde, nomeadamente na sede do concelho e em Vieira de Leiria.

“Se não tenho médico de família, onde vou?”

“É muito bonito pedirem para não virmos às urgências. Mas se não tenho médico de família, onde vou? Ao privado? Não posso”. A indignação é de Ana Pereira, que na última sexta-feira foi à urgência pediátrica do hospital de Leiria com o filho. Já tinha lá estado dois dias antes, porque a sua médica se encontra de baixa e não foi substituída. “Ainda tentei ir à consulta aberta, mas não consegui vaga. Agora vim directamente ao hospital e ele vai mesmo ter de ficar internado”.

A urgência hospital foi também a solução encontrada, há cerca de duas semanas, por Victória Davryshkiv, depois de ir, uma primeira vez, à consulta aberta do Centro de Saúde Gorjão Henriques, devido a “dores horríveis de estômago”. Chegou aos cuidados primários às 15:40 horas e já tinha dez pessoas à espera.

“Tive sorte. Consegui consulta e fui muito bem atendida, mas senti- me pior e já não fui à consulta aberta. Recorri à urgência”, conta, revelando que o marido já teve uma consulta marcada por três vezes e das três vezes acabou desmarcada. Os filhos, de cinco anos, aguardam há mais de um ano por disponibilidade na valência de saúde infantil. “É cada vez mais complicado ter acesso a uma consulta. A minha irmã pertence a uma Unidade de Saúde Familiar e vejo que funciona melhor.”

Obras na urgência de Caldas da Rainha

O serviço de urgência do Hospital das Caldas da Rainha vai entrar em obras, com trabalhos de ampliação e remodelação orçados em mais de 1,7 milhões de euros. “Após ter sido recebido o visto da entidade competente [Tribunal de Contas] estão agora reunidas as condições para iniciar a obra de remodelação e ampliação do Serviço de Urgência da Unidade de Caldas da Rainha”, divulgou o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) em comunicado.
Nesta nota, a instituição explica que a remodelação “irá permitir melhorar a qualidade de acolhimento, de conforto e de atendimento aos doentes que acorrem ao serviço”, assim como “dos profissionais que diariamente exercem as suas funções”.
A remodelação e ampliação do serviço de urgência médico-cirúrgica da Unidade das Caldas da Rainha (que em conjunto com os hospitais de Peniche e Torres Vedras compõem o CHO) contempla a criação de uma segunda Sala de Observação (SO) – com 264 metros quadrados e capacidade para 20 camas – e a criação de um espaço complementar para 12 cadeirões, que “permitirá a retirada dos doentes dos corredores”.
Segundo a agência Lusa, a intervenção incidirá ainda na urgência pediátrica, onde a actual SO será ampliada de 27 para 76 metros quadrados, passando a dispor de seis camas. Passará ainda a contar com uma sala de espera exclusiva, assim como de um balcão de admissão destinado unicamente aos doentes até aos 18 anos. Com esta alteração, a sala de espera dos adultos será também aumentada.

 

 

Etiquetas: falsas urgênciashospital de LeiriaLeiriametade das urgências do hospital de leiria são falsas
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