Big brother está a chegar a Leiria para garantir maior segurança

Várias câmaras de videovigilância estão a ser instaladas nas diferentes ruas do centro histórico de Leiria. Segundo informações do Comando Distrital da PSP de Leiria, que vai gerir todo o sistema, “ainda não existe uma data concreta para entrada em funcionamento do sistema”, tendo em conta que “a instalação das câmaras de videovigilância nas artérias da cidade ainda está ligeiramente atrasada”. Já os “trabalhos no edifício da PSP estão quase concluídos”.

O sistema de videovigilância, que terá um custo para o Município de Leiria de cerca de 414 mil euros, é “uma mais-valia no âmbito da prevenção criminal, dissuadindo a prática de ilícitos e possibilitando a monitorização contínua de algumas das artérias mais movimentadas da cidade de Leiria, e com isso a melhor gestão dos meios policiais”, salienta a PSP.

Este meio poderá também ser um aliado “no âmbito da investigação criminal, tendo em conta a possibilidade de utilização de tais imagens como meio de prova”. “Em termos gerais, “será mais uma ferramenta que permitirá transmitir maior sentimento de segurança à população leiriense”, entende a PSP.

Depois de ter sido validado pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), o sistema será operado pelos agentes “que exercem funções no Centro de Comando e Controlo da PSP de Leiria, 24 horas por dia”.

  A Câmara de Leiria garante que a utilização das câmaras será feita por forma “a desactivar o modo de captação e gravação de áudio” e serão “colocados filtros de forma a garantir a não visualização do interior das casas e dos edifícios habitados”.

 [LER_MAIS] “As imagens gravadas devem ser encriptadas e transmitidas para o servidor em modo cifrado. Os dados apenas podem circular em rede fechada, sem recurso a qualquer ligação à internet, com ligação física entre a câmara e o processamento das imagens”, assegura ainda o Município.

As câmaras têm um ângulo de rotação horizontal de 360 graus, um ângulo de rotação vertical de 90 graus e serão aplicadas em consola fixas no topo de colunas cilíndricas, com uma altura mínima de 4 metros.

Segundo informação da autarquia, a monitorização e armazenamento das imagens deve permitir efectuar máscaras e filtros, que serão programados aquando do arranque do sistema e que possam ser alterados pelos operadores e possibilitar pré-programar rondas e sequências, quer no posicionamento das câmaras quer no zoom.

Outra das funcionalidades avançadas pela Câmara de Leiria é a permissão para programar alarmes, “tendo em consideração a parametrização de determinados itens a definir de acordo com trabalho de concepção seleccionado e a observação e gravação das imagens recolhidas pela totalidade das câmaras instaladas”.

Este é um processo já longo. A Câmara de Leiria manifestou vontade de aderir ao sistema de videovigilância na cidade em 2010. Depois de avançar com o projecto, a CNPD emitiu um parecer negativo à proposta de instalação, justificando que "não existiam elementos no processo que permitissem concluir se os locais de colocação das câmaras garantiam a não visualização do interior de casas”.

Após a revisão de alguns pontos, o sistema está agora a ser implementado, devendo entrar em funcionamento em breve.