PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Sociedade

Orlando Cardoso, escritor: “Capital Europeia da Cultura? É uma intenção que não vai dar em nada”

admin por admin
Outubro 19, 2017
em Sociedade
0
Orlando Cardoso, escritor: “Capital Europeia da Cultura? É uma intenção que não vai dar em nada”
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Que outras pessoas conhecidas fizeram parte do seu círculo de amigos, além de António José Saraiva?
Recordo-me de Miguel Franco, com os seus óculos grossos, na loja de electrodomésticos que existia no sítio onde é agora a Livraria Arquivo. Na verdade, não havia muitos intelectuais na cidade, quando eu era jovem. Leiria começou a ser mais frequentada após o 25 de Abril. Outra coisa curiosa era a quantidade de "capelinhas" que existiam, além de se notar que havia uma separação entre o campo e a cidade. À medida que os anos foram passando, isso foi-se diluindo, mas até se notava nas escolas. A Rodrigues Lobo, hoje, ainda tem o tique de ser "o liceu". É uma secundária como a Domingos Sequeira, mas essa é a "escola comercial". Havia a livraria Martins e mais uma ou outra dedicada a materiais de papelaria. O senhor Martins era "o livreiro" da terra. Leiria nunca foi um meio intelectual efervescente. Ainda não o é. E isso é um problema, porque a cidade, e o concelho, têm mais pernas do que cabeça. É um disparate dizer que Leiria tem pretensões de ser “a terceira cidade do País”. Antes dela, há Aveiro, Coimbra e Viseu, só na zona Centro.

Num cenário regional assim, o que lhe parece uma candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura?
É uma intenção que não vai dar em nada. Deu alguma discussão, mas já ninguém se lembra do assunto. O País é pequeno e Leiria não tem peso… Fazem-se coisas interessantes na cidade, mas o que sinto é que são mais as pessoas envolvidas nelas, a organizarem-nas, do que a desfrutar. As associações e o movimento associativo têm feito um trabalho notável nos últimos anos. Não tem sido a Câmara.

É preciso ser a Câmara a liderar?
O papel da autarquia não é conduzir- nos, é apoiar o que se faz. Participei, com o meu irmão e Dias Coelho, na organização de uma exposição sobre o século XX que decorreu no antigo edifício do Banco de Portugal, em Leiria, e que, para mim, foi a melhor coisa deste tipo que se fez em Leiria até hoje. Foi em 2000 e era véspera de eleições. Resolvemos esperar pelo  [LER_MAIS] resultado do sufrágio e só depois fomos falar com o vereador da Cultura para ter apoio. E assim foi e correu tudo impecavelmente em termos de organização. 

Enquanto antigo director de dois media regionais, faz sentido um aeroporto em Monte Real?
Tenho muitas dúvidas, Não haveria passageiros para ele. Veja-se o que se passa em Beja… aliás, Coimbra já está a reivindicar o aeroporto para lá. Acredito que nem um nem outro vão existir. Nem sequer o TGV ou a requalificação da Linha do Oeste vão ser realidades.

É um homem de paixões?
Sou! Tenho a paixão da poesia, das mulheres,de Leiria e de uma coisa admirável que a cidade tem: o seu castelo. Não falo da parte reconstruida por Korrodi porque, em termos arqueológicos, ele é muito mais valioso. O mais interessante é o que está debaixo do chão, mas custa muito dinheiro.

Qual a sua orientação política?
É um campo encerrado.

Mas, em jovem, sentiu-se atraído pela Esquerda o que lhe valeu a perseguição política e depois disso teve oportunidade de analisar os outros campos políticos…
Nunca saí do mesmo sítio. Continuo no mesmo campo. Tenho o coração à Esquerda. A Esquerda tem uma característica humanista que falta aos partidos de Direita. A Direita não é constituída por malfeitores, mas tem uma maneira de ver a vida que não se articula com a minha.

No entanto, conheceu e privou com Vasco Graça Moura que começou na Esquerda, mas mudou para o PSD…
O que me atraía nele era a poesia e não a política. Era um intelectual maravilhoso e é pena ter morrido. Não sou praticante de nada, nem de política nem do resto. Sou um homem livre. É complicado mantermo-nos livres e dignos. Quando somos directores de jornais, então, é terrível. Levantaram-me 20 processos, em Leiria e Pombal, mas nunca fui julgado. Quando se é isento, levamos com críticas dos dois lados. Claro que a isenção dos jornais é, naturalmente, uma coisa discutível.

Faz sentido falar de imparcialidade política dos media? Em França e Espanha isso não existe.
Em Portugal, as pessoas e os órgãos pensam que conseguem passar entre os pingos da chuva. Durante as campanhas eleitorais, há quem conte os caracteres e meça ao milímetro o espaço que lhes dão. Mas um jornal só publica se quiser. Não tem de dar satisfações a candidatos. Só ao seu público. Mas vivemos um tempo, com o Trump, com a Coreia do Norte… em que temos de ser optimistas. Por outro lado, estamos a viver um momento único no tecido político português. É a primeira vez que um ex-primeiro ministro é acusado de corrupção e que ministros são presos. Mesmo que na Operação Marquês não haja condenados, isto é um sinal importante.

O que vai ser o seu próximo livro?
Tenho várias coisas começadas, mas só falarei delas, quando estiverem a caminho. Daqui a um ou dois anos, vão sair umas coisas em prosa, já que a poesia escreve-se sempre. É curioso perguntar o que vou fazer a seguir. Acabei a nota que está no livro que vou apresentar no sábado com esta pergunta: "e agora aos 50?"

Etiquetas: “capital europeia da cultura? é uma intenção que não vai dar em nada”entrevistaOrlando Cardososociedade
Previous Post

Passagem de nível em Leiria encerrada para manutenção

Próxima publicação

Rio Lis: 40 quilómetros e um tesouro por descobrir

Próxima publicação
Rio Lis: 40 quilómetros e um tesouro por descobrir

Rio Lis: 40 quilómetros e um tesouro por descobrir

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Publicidade Edição Impressa
  • Publicidade Online
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.