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Home Sociedade

Mais de quatro décadas a lapidar a vida associativa

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Setembro 23, 2017
em Sociedade
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Mais de quatro décadas a lapidar a vida associativa
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Humildade e boa disposição fizeram de Arménio Rodrigues um profissional, um chefe e um dirigente associativo reconhecido e respeitado na Marinha Grande.

A história de Arménio começa a 22 de Fevereiro de 1947, ainda que o cartão de cidadão só lhe reconheça identidade a partir de 15 de Maio. O registo das crianças, feito sem pressas, era bastante comum naqueles tempos.

Arménio foi o mais novo dos quatro filhos de um casal humilde, que habitava na única casa daquele lugar da Portela, na Marinha Grande. “Uma casinha de madeira”, salienta Arménio Rodrigues.

Do pai, que morreu quando tinha apenas quatro anos, Arménio não guarda memória, a não ser a da última despedida.

 [LER_MAIS] Na mãe, que cedo se viu sozinha com quatro crianças, Arménio deposita todo o orgulho. De quinta em quinta, com enxada na mão, “puxou muitas toneladas de terra para nos criar a todos”, conta Arménio, emocionado.

Para este menino, os estudos acabaram na quarta classe. Com apenas 10 anos, meses depois de completar o ensino primário, Arménio foi trabalhar para a Manuel Pereira Roldão, a fábrica de vidro onde já labutava um dos irmãos.

“Levava a cima” (levava as peças de vidro às arcas) e fechava o molde que recebia a peça soprada pelos vidreiros. “Era um trabalho duríssimo”, descreve Arménio. No Verão, quando as temperaturas lá fora atingiam perto de 40º graus, no interior trabalhava- -se junto de um forno cuja temperatura era de 500º.

O rapaz por ali ficou seis anos, até ser convidado a trabalhar na Crisal, onde veio a ganhar melhor e a usufruir de melhores condições de trabalho.

Quando regressou do serviço militar, uma tropa tranquila dividida entre Leiria e Abrantes, voltou à Crisal. Mas continuava franzino e, sempre que chegava o Verão, colapsava. Enchia-se de água para compensar a desidratação de trabalhar ao calor e pouco comia.

O médico, vendo-o tão magro, recomendou -lhe que mudasse de profissão. Ao falar com os patrões, Arménio teve a possibilidade de ocupar uma vaga como chefe da secção de corte.

Tinha 21 anos e foi gerir uma secção onde muitas mulheres tinham idade para serem suas mães. No entanto, tudo correu bem ao rapaz que, com boa disposição, conseguia levar a água ao seu moinho. “Também lhes facilitava a vida”, realça Arménio Rodrigues.

Muitas vezes, quando tinha de anotar o tempo que cada uma perdia na casa-de-banho, fazia cálculos por baixo, que abonavam a favor das trabalhadoras, repara o antigo chefe.

Quando era criança, Arménio costumava fazer companhia à irmã que fazia serões na Fábrica Velha. Para o entreter, os lapidários sentavam o menino num banco e davam-lhe uma peça para lapidar.

Esse primeiro contacto com a arte nunca lhe saiu da memória. Por isso, quando era já chefe da secção de corte na Crisal, pediu se poderia experimentar lapidar também.

Começou por fazê-lo nas horas vagas, mas a aprendizagem foi tão rápida e o resultado tão bom, que Arménio depressa começou a trabalhar “a sério” na lapidação. Anos mais tarde, quando foi transferido para a Ivima, Arménio passou a ser encarregado da lapidação naquela fábrica.

E, quando a Ivima encerrou, Arménio Rodrigues era demasiado jovem para se aposentar. Naquela altura, se os trabalhadores assim quisessem, tinham a possibilidade de, ao invés de receber subsídio de desemprego, ganharem um apoio financeiro para constituir negócio por conta própria.

Arménio não hesitou e utilizou esse apoio para constituir uma oficina em casa, onde colocou várias máquinas e criou alguns postos de emprego além do seu.

Ali lapidou muitos anos, até decidir cessar actividade e transformar o espaço numa zona de trabalhos manuais: “os de faca e garfo”, brinca Arménio Rodrigues, referindo-se à nova sala de convívio e refeições.

O lazer e o associativismo sempre ocuparam grande espaço na sua vida. Começou por jogar pingue- pongue e bilhar no Sport Operário Marinhense, cujas antigas instalações ficavam próximas da Ivima. Mais tarde tornou-se dirigente daquele clube.

Foi ainda dirigente na Cooperativa da Fábrica da Ivima, no Desportivo Náutico da Marinha Grande, na Associação de Natação de Leiria, na Moher, na ACAMG, no Sport Império Marinhense, na Cooppovo, no Sporting Clube Marinhense, entre outros organismos.Feitas as contas, são mais de 40 anos dedicados ao associativismo.

Uma das suas grandes paixões são as marchas populares, que este ano foram interrompidas na Marinha Grande. Arménio espera que no próximo ano a questão dos apoios seja ultrapassada e que o colorido da iniciativa volte à cidade.

Outro vicio é o da pesca. Um dia quase perdeu a vida ao arriscar de mais junto de uma ravina. Talvez tenha sido milagre o que lhe sucedeu naquele dia de pescaria junto ao Farol de São Pedro de Moel, admite o pescador.

Quanto à política, Arménio Rodrigues diz não ser militante, mas simpatizante do PCP. Este foi o partido que apoiou os trabalhadores nos tempos difíceis do antigo regime, recorda o lapidário.

Arménio diz não esquecer as noites em que alguns trabalhadores, apenas por reivindicarem melhores condições laborais, eram levados da fábrica e sovados por agentes da PIDE.“Homens de chapéus e gabardina”, de quem ainda hoje se lembra. O seu pilar é a família, acrescenta Arménio Rodrigues.

À esposa, sua eterna namorada há já quase 45 anos, juntaram-se as duas filhas, mais três netos e outro que vem a caminho, sublinha o avô vaidoso.

Etiquetas: arménio rodrigueshistória de vidaMarinha Grande
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