São raros os dias em que Fátima Faria, moradora na localidade de Mogadouro de Cima, concelho de Ansião, consegue abrir uma janela ou estender roupa na rua. A culpa é dos maus cheiros provenientes do aviário existente na povoação e do depósito de estrume da exploração.
O problema arrasta-se há anos. Já motivou abaixos-assinados, manifestações e reclamações junto das entidades competentes, mas a resolução tarda em chegar.
Entretanto, a Câmara de Ansião, através da Assembleia Municipal, emitiu, uma declaração de interesse municipal, no âmbito do processo de regularização das instalações onde funciona a unidade.
“Há dias em que, mesmo com portas e janelas fechadas, dá para sentir o cheiro dentro de casa. E moro a cerca de dois quilómetros”, conta Lisete Neves, lamentando o arrastar da situação.
“Vivo aqui há mais de 20 anos e sempre me lembro deste cheiro. No Verão, é impossível comer na rua e há muitos dias em que não podemos abrir as janelas para refrescar a casa”, acrescenta a moradora. Fátima Faria fala num cheiro “nauseabundo” que, em certas ocasiões, torna “o ar quase irrespirável”.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.