PUBLICIDADE
A visita papal será, sem dúvida, o acontecimento do ano na região. Em Maio de 2017, todos os caminhos vão dar à Cova da Iria, onde Francisco irá como peregrino para presidir às celebrações do Centenário das Aparições, que se assinalam nos dias 12 e 13.
Há ainda a expectativa que a visita do Papa coincida com a canonização de Jacinta e Francisco, beatificados em 2000, precisamente aquando da presença de João Paulo II na peregrinação de Maio.
Face ao carisma, mediatismo e simpatia que Francisco emana é de esperar que a sua visita junte na Cova da Iria a maior multidão de sempre. As entidades civis, pela voz dos presidentes da Câmara de Ourém e da Aciso (Associação Empresarial de Ourém- Fátima), já vieram a público apontar uma estimativa na ordem dos oito milhões de visitantes.
A esses, juntarse- ão muitos outros que, pelo mundo, acompanharão a visita através das televisões e de outros meios de comunicação. Serão dias em que Fátima estará sobre os focos do mundo.
A economia local e regional muito beneficiarão com a visita papal. Uma das faces mais visíveis desses impactos é o alojamento hoteleiro, que há muito está esgotado em Fátima, como acontece quase sempre por ocasião do 13 de Maio.
A novidade está no facto de, a meses da visita papal, também já não haver camas disponíveis em muitos hotéis entre Coimbra e Lisboa. Com tamanha procura, disparam os preços, que podem atingir algumas centenas ou até milhares de euros.
Mais importante do que as repercussões económicas imediatas, o presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca, sublinha o que virá depois de 2017. “O importante é transformarmos este momento – a circunstâncias de assinalarmos o Centenário das Aparições, a visita do Papa, com o carisma especial que tem, e a visibilidade mundial que o evento vai ter -, para projectarmos o futuro e entrarmos no segundo centenário em crescimento, como tem acontecido nos últimos anos”, afirma Paulo Fonseca.
O autarca refere, a título de exemplo, os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, segundo os quais, em 2015, Fátima registou “quase 728 mil dormidas, ou seja, mais 80 mil do que no ano anterior”.
Em paralelo com as celebrações do Centenário, Fátima receberá, em 2017, vários eventos de nível internacional, que ajudarão também a projectar este destino turístico. É o caso da Conferência Mundial de Turismo, promovida pela Organização Mundial de Turismo, a realizar em Novembro, e do evento Natal da Europa, que este ano decorreu em Itália.
Do programa da visita de Francisco ainda pouco se sabe. Certo é que virá apenas a Fátima, não passando por Lisboa, e que deverá usar a Base Aérea de Monte Real para aterrar e deslocar, à semelhança do que aconteceu, em 1967, com Paulo VI.
Autárquicas trarão polémica e algumas mudanças
Outro dos acontecimentos marcantes de 2017 será o das eleições autárquicas, que, no distrito, implicarão a saída de, pelo menos, cinco presidentes de câmara: Fernando Lopes, João Salgueiro e António José Correia, actuais líderes dos municípios de Castanheira de Pera, Porto de Mós e Peniche, que não podem sequer recandidatar devido à lei da limitação de mandatos; e de Rui Rocha e Paulo Vicente, que saem por vontade própria, tendo já anunciado que não concorrerão às Câmaras de Ansião e da Marinha Grande, respectivamente.
A cerca de nove das eleições, que deverão realizar-se no final de Setembro ou início de Outubro, ainda muita tinta irá correr a propósito de escolhas de candidatos. Em Dezembro último, o PS e o PSD aprovaram alguns nomes, que terão ainda de ser ratificados pelas estruturas nacionais dos dois partidos.
Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.
