Os trabalhadores da Valorlis, empresa de tratamento de resíduos sólidos do distrito de Leiria, vão estar em greve durante quatro dias para exigir aumento de salários, informou hoje o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional.
Segundo o Stal, os trabalhadores vão estar em greve ao trabalho extraordinário nos dias 13, 14 e 15 e durante todo o dia 16 para exigir aumentos salariais imediatos de 50 euros.
Os funcionários exigem ainda a “negociação e a aplicação à Valorlis do AE – acordo empresa da Amarsul e Valorsul (Grupo EGF)”.
O sindicato considera que a “política de empobrecimento do Governo PSD/CDS, que atingiu duramente o poder de compra e os direitos dos trabalhadores, foi invocada durante anos pela administração da Valorlis para recusar a negociação de um acordo de empresa e de actualizações salariais”.
Segundo o Stal, nos últimos anos “os trabalhadores da Valorlis viram os seus rendimentos do trabalho duramente atacados por políticas de austeridade e destruição de serviços e direitos”, situação que pretendem ver “mudada”.
“A Valorlis já não se encontra abrangida pelas normas do Orçamento do Estado que impediram a valorização salarial dos trabalhadores, sendo da mais elementar justiça o aumento imediato dos salários. A Mota-Engil/Suma, que controla a EGF, à qual pertence a Valorlis, mantém os salários congelados, embora a Valorlis já não seja do Estado”, realça o Stal, na nota de imprensa.
O sindicato “repudia a atitude anti-dialogante da administração”, o que levou os trabalhadores a avançar com a greve. “Estão determinados a convocar novas acções de luta até alcançarem os seus objectivos”, avisa o Stal.
Os trabalhadores da Valorlis “exigem que os lucros da empresa sejam reflectidos na melhoria das suas remunerações, com vista à recuperação do poder de compra perdido nos últimos anos”.