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Um estudo elaborado com base em inquéritos a beneficiários do programa de comparticipação de medicamentos da Câmara de Leiria concluiu que mais de um terço dos inquiridos (34%) são acompanhados por problemas de saúde mental há mais de dez anos. Os resultados, apresentados na semana passada durante o fórum Construindo redes em saúde mental, revelam ainda que quase metade (47%) dos filhos e 35% dos cônjuges ou companheiros daqueles doentes também são acompanhados por problemas de foro psíquico.
“Existe uma relação entre os cônjuges portadores de problemas de saúde mental e filhos com doença mental, podendo ser tradutor da influência do contexto e funcionalidade da família como facor precipitante das doenças mentais, concluí o estudo feito por docentes da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSLei). Segundo os dados recolhidos, entre os mais novos, as patologias mais comuns são os transtornos depressivos, deficiência intelectual, psicose, défice de atenção/hiperactividade e espectro de autismo.
De acordo com o estudo, “em cada agregado familiar há, em média, pelo menos duas pessoas a fazer medicação diversificada, nomeadamente, ansiolíticos, antidepressivos, benzodiazepinas, antipsicóticos, antiepilépticos, antihipertensores, analgésicos, antiinflamatórios, corticosteroides, diuréticos e antineoplásicos. As doenças do foro físico mais prevalentes são as endócrinas, neurológicas e cardiovasculares.
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