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A Inspecção-Geral de Educação e Ciência (IGEC) esteve nos últimos três dias no Colégio Conciliar de Maria Imaculada (CCMI), em Leiria, a ouvir encarregados de educação, com o objectivo de apurar se se sentiram pressionados a participar nas acções de protesto contra o corte nas turmas financiadas pelo Estado e se entendem que os filhos foram instrumentalizados pelo estabelecimento de ensino.
Este processo de averiguações surge na sequência da publicação do artigo Pais queixam-se de pressão dos colégios, na edição de 26 de Maio do JORNAL DE LEIRIA, mas foi motivado por uma denúncia, assegura fonte do Ministério da Educação (ME). A notícia em causa dava ainda voz a um encarregado de educação do Colégio de Nossa Senhora de Fátima, que relatava a pressão sentida pelo filho. Contudo, a IGEC não terá valorizado este depoimento, mas sim o das duas mães do CCMI, que referiam exemplos concretos.
A mesma fonte do ME confirmou a existência de um processo de averiguações a outro colégio, tal como o Diário de Notícias avançou na edição de 5 de Junho, embora não tenha especificado qual.
O técnico da IGEC que esteve no CCMI pediu aos encarregados de educação para se pronunciarem sobre alguns pontos da notícia do JORNAL DE LEIRIA. A indicação dos pais a ouvir partiu da Direcção do colégio, que lhes terá pedido para manifestarem livremente a sua opinião sobre a forma como foi conduzido o processo.
O JORNAL DE LEIRIA enviou um conjunto de perguntas à Direcção do CCMI, uma das quais pretendia apurar qual o critério seguido para escolher os pais a ser ouvidos pela IGEC, mas o estabelecimento de ensino optou por não responder. Já João Ferreira, presidente da associação de pais, disse à IGEC que não se revia nas acusações dos encarregados de educação. Quanto ao ME, limitou-se a confirmar que o processo de averiguações se encontrava em curso e que desconhece quanto tempo demorará a ser concluído.
