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Home Viver

“Respirei a indústria de moldes por mais de quatro décadas”

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Maio 25, 2016
em Viver
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“Respirei a indústria de moldes por mais de quatro décadas”
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É um homem dinâmico, que ao longo de quase 45 anos trabalhou, gerou emprego e formou recursos humanos no domínio dos moldes. Como sintetiza o próprio, “respirei a indústria de moldes por mais de quatro décadas”. Agostinho Febra nasceu na Maceira a 11 de Março de 1947. Antes do seu nascimento, já os pais tinham três crianças. A vida não era folgada, mas Agostinho salienta que nunca passou fome nem dificuldades de maior. Para a estabilidade da família contribuía o vencimento do pai, funcionário da cimenteira da Maceira, e os trabalhos de agricultura que o seu agregado ia desenvolvendo.

Depois de ter completado o ensino primário, Agostinho quis continuar a estudar, o que não era habitual entre as crianças da sua localidade. O curso de serralharia foi iniciado no antigo Edifício da Resinagem, antes da construção da inauguração da Escola Industrial e Comercial da Marinha Grande (hoje Escola Secundária Eng.º Calazans Duarte). “Durante os primeiros seis meses de aulas ia da Maceira para a Marinha Grande a pé. Gastava hora e meia para cada lado”, conta Agostinho Febra.

Para lhe conseguir comprar uma bicicleta, o pai desfez-se de um relógio de bolso. “Porque uma bicicleta custava dez meses de ordenado do meu pai”, frisa Agostinho Febra. E mesmo depois de a ter, boa parte do percurso continuou a ser feito com o meio de transporte às costas, já que nem sempre havia estrada, lembra Agostinho. No quarto ano, como reprovou a duas disciplinas – o bastante para perder o ano – decidiu passar a estudar à noite para trabalhar durante o dia.

Conseguiu trabalho numa recauchutagem e mais tarde numa empresa de moldes, a José dos Santos Ruivo, onde começou por laborar na produção e onde acabou por vir a inaugurar, com o genro do patrão, o gabinete de desenho. Ainda se lembra de desenhar numa bancada torta e de mais tarde ter tido acesso ao estirador. A fábrica viveu uma grande evolução na secção de desenho e Agostinho estava a receber o melhor salário da sua carreira quando foi chamado a cumprir serviço militar. Esteve na Figueira da Foz até ser chamado a combater na Guiné.

Apesar de ser um dos piores palcos da Guerra de Ultramar, o jovem teve a sorte de ser destacado para uma zona onde a relação com os locais era muito boa e a tribo servia como uma espécie de “guarda avançada” para as sentinelas dos militares. As paisagens, as praias e até as aulas que deu aos nativos fazem parte das boas memórias desse período. Regressado da tropa, permaneceu até 1979 na José dos Santos Ruivo, data em que decidiu estabelecer-se por conta própria. Criou a Somoltec em sociedade, onde participaram vários colegas vindos da antiga empresa, o que na época foi uma iniciativa difícil de aceitar por parte do expatrão.

A esta empresa Agostinho dedicou grande parte da sua vida, até 2007, data em que os sócios decidiram vender a Somoltec. Mas revelou-se um processo conturbado, em que os empresários se sentiram enganados pelos compradores. A situação havia de se arrastar na barra do tribunal. Já aposentado, Agostinho não baixou os braços. Arranjou trabalho na secção de desenho na LN Moldes e mais tarde foi desafiado a colaborar na Ribermold, primeiro no departamento de orçamentação e depois na direcção da fabricação. A dada altura Agostinho Febra estava a completar o 12.º ano e sentiu que precisava de mais tempo para os seus projectos pessoais.

Acabou por se afastar da Ribermold para frequentar uma licenciatura no politécnico de Leiria. Foi levado pela curiosidade e pelo facto de querer cumprir uma meta que antes não tinha conseguido alcançar. Interrompeu o curso quando percebeu que, estando aposentado, não podia cumprir o sonho de dar formação no sistema oficial. Acabou, no entanto, por satisfazer esse gosto com formações em empresas e centros de formação particulares.

Teve ainda a oportunidade de trabalhar fora do País, através da Geco, empresa do primo, António Febra. Coube-lhe a prospecção de mercado no Brasil. Apesar do trabalho absorvente nos moldes, Agostinho Febra nunca deixou de acompanhar a família nem de se envolver em actividades culturais. Casado, pai de duas raparigas, avô de duas crianças e, em breve, de um terceiro bebé, Agostinho é também aluno dedicado ao canto – integra o Coro da Maceira – e é um grande adepto de universidades seniores. O interesse nasceu com as Tertúlias dos Anos de Ouro, na Marinha Grande, a que se seguiu a passagem pelas universidades seniores de Leiria, Nazaré e da Marinha Grande.

Presentemente, é aluno da Universidade Sénior da Marinha Grande, da Projectos de Vida Sénior. E o seu envolvimento cultural não se esgotou aqui. Inscreveu-se ainda na Confraria da Sopa do Vidreiro e em breve será feita a cerimónia onde Agostinho irá assumir se como novo confrade. Embora nunca tenha deixado de residir na Maceira, é à Marinha Grande que deve a maior parte dos seus feitos profissionais, realça o empresário.

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