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Esperava-se que as condições ideias surgissem nestes últimos dias de espera, com várias ondulações a chegarem à Praia do Norte, na Nazaré, mas o tamanho das ondas e a direcção dos ventos não se alinharam de forma a gerar os tubos grandes e bem formados, a marca registada desta competição.
A organização procura ondas de dois metros a dois metros e meio, com ventos do quadrante Este consistentes, conjuntura que na Praia do Norte gera condições clássicas.
No entanto, tal não se verificou em nenhum dia dos dois meses de espera, uma circunstância a que não terá sido alheia ao facto de 2016 estar a ser um ano atípico, devido à existência do fenómeno meteorológico El Niño.
“Esta decisão tornou-se óbvia perante as actuais previsões, uma vez que não seria possível realizar o evento em condições que nos permitissem honrar o nosso compromisso com o público e com os atletas”, referiu Rui Costa, responsável pela organização.
“Queremos os melhores surfistas nas melhores ondas, por isso tomámos mais uma decisão difícil, mas que acreditamos ser certeira. A abertura do Capítulo Perfeito a atletas internacionais também nos trouxe uma responsabilidade acrescida, especialmente este ano, em que vamos trazer a Portugal surfistas dos quatros cantos do planeta, que terão viagens muito longas pela frente na perspectiva de surfar a Praia do Norte de gala.”
