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Home Viver

Mozart cantado atrás das grades

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Outubro 29, 2015
em Viver
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Mozart cantado atrás das grades
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Durante quase duas horas, os presos sentiram a liberdade através da música. O projecto conquistou-os de tal forma que, um deles, na primeira vez que saiu em precária, dirigiu-se à SAMP para agradecer a oportunidade.

No sábado, familiares, amigos e comunidade assistiram à Ópera na Prisão: Don Giovanni 1003,Leporello 2015. Vinte e sete reclusos subiram ao palco numa antiga serração da ‘prisão-escola’, sob a orientação do director artístico da Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP), Paulo Lameiro. Assim que as luzes se apagaram, o maestro entrou e a orquestra começou a tocar a partitura de Mozart.

Pouco depois surgem os actores: reclusos, seis cantores profissionais e até o director da cadeia, José Ricardo Nunes, que assumiu o papel de comendador. As vozes começam a ecoar e misturam-se com o som da chuva que caía lá fora (e alguns pingos no palco).

À medida que D. Giovani vai ‘fazendo das suas’ e sendo descoberto pelas mulheres que tenta enganar, aparecem novas personagens: as meninas da Escola de Dança Clara Leão. Ao longo de cerca de 1:40 horas, os reclusos vão-se libertando e ganham confiança. As desafinações que eventualmente até poderão ter existido passam despercebidas ao público em geral. Quem os ouvisse, desconhecendo o projecto, poderia imaginar que dentro daquele pavilhão se estava a assistir a um espectáculo de verdadeiros profissionais.

A actuação não termina com Mozart, mas com um rap, escrito e interpretado pelos reclusos, que contam com o acompanhamento de alguns familiares. A palavra liberdade surge em palco, empunhada em forma de bandeira. “'Viva, viva la libertà'”, canta Jackson Oliveira. “Em crioulo estão a dizer: 'nós não nascemos aqui dentro e, por isso, um dia vamos concretizar o nosso sonho que é sair daqui'. O rap foi ideia deles, cada texto foi trabalhado por eles. Foi um ano e meio de trabalho. É muito importante dar-lhes voz. Não podíamos terminar com o final do Mozart. O mais importante são eles. Não é o Mozart ou a ópera”, assegura Paulo Lameiro, director artístico da SAMP e deste projecto.

Ópera na Prisão: Don Giovanni 1003, Leporello 2015 é uma parceria da SAMP e do Estabelecimento Prisional de Leiria, que começou em Fevereiro de 2014 e vai terminar
no próximo ano, sendo financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. “A SAMP tem muitos projectos em contexto de comunidade. Nunca tínhamos tido dentro de uma prisão uma orquestra e cantores profissionais a contracenar verdadeiramente com reclusos. A primeira transformação destes jovens foi descobrir que a voz é um instrumento e depois aprender que a ópera é um espectáculo que tem música, teatro, dança, instrumentistas, coreógrafo e encenadores”, adianta Paulo Lameiro, acrescentando que os reclusos perceberam que “os grandes artistas, neste caso Mozart, o que fazem é contar a realidade da natureza humana de outra forma”.

O director artístico considera que o “segundo passo de gigante” destes jovens foi “perceber o que é uma sociedade que pune quem se porta mal, o que é portar-se mal, o mundo não é a preto e branco, o patrão nem sempre é quem se porta bem e nem sempre o criado é o subalterno”.

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Etiquetas: operaprisaoprisaoescola
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