Em Abril de 2021, Aurélio Ferreira, líder do Movimento pela Marinha (MPM) e João Brito, membro do Mais Concelho (+Concelho), anunciavam um acordo autárquico. Do entendimento entre os dois movimentos independentes nascia o Mais MPM- Movimento pelo Concelho (+MPM), cuja lista, encabeçada por Aurélio Ferreira, se candidatava à Câmara da Marinha Grande.
Aurélio Ferreira venceu a corrida à presidência, tendo garantido, a Ana Alves Monteiro e a João Brito, assento na câmara como vereadores com pelouros, pelo +MPM.
Quase quatro anos depois, Aurélio Ferreira anunciou que o +MPM irá recandidatar-se nas próximas autárquicas. Mas Elvira Ferreira, presidente do +Concelho, contesta. A dirigente acusa [LER_MAIS]o autarca de nunca a ter consultado, nem a ninguém deste grupo, antes de decidir avançar numa recandidatura com siglas que derivam dos dois movimentos independentes.
Ao JL, a coordenadora do +Concelho diz já ter apresentado queixa junto da Comissão Nacional de Eleições. “É usurpação do direito intelectual. O ‘+’ pertence ao + Concelho e nós não nos vamos coligar”, sublinha a dirigente.
“E nem João Brito nos representa. Há muito tempo lhe retirámos confiança política”, observa Elvira Ferreira.
Já Aurélio Ferreira justifica: “Quando os grupos de cidadãos independentes se candidatam às autárquicas, têm de escolher um nome, um logótipo, etc. No final das eleições, os movimentos extinguem-se. Já não há +MPM, já não há +Concelho.”
“Além disso, mesmo tendo escolhido o nome +MPM, vamos ter de recolher de novo assinaturas, fazer todos os procedimentos como em anos anteriores”, frisa o autarca.