Primeiro foi projectado para o estacionamento do estádio, no espaço onde se realiza a Feira de Maio. Depois, seria edificado ao lado das piscinas, entre este equipamento e o novo terminal rodoviário.
Agora, está apontado aos terrenos da antiga-prisão escola.
Com esta última, preconizada pelo documento de reflexão estratégica do município para a próxima década, sobe para três o número de localizações propostas para o pavilhão multiusos de Leiria, que, sem sair do papel, já custou quase 280 mil euros.
A maior fatia – 236 mil euros – foi para pagar os trabalhos de arquitectura e de especialidades ao vencedor do concurso de ideias para o Centro de Actividade Municipal (CAM), o multiusos projectado para o local da feira.
Segundo o concurso de ideias, o gabinete do arquitecto Pedro Cordeiro deveria ter recebido 350 mil, mas houve um acordo para encerrar o processo, que reduziu o valor para 236 mil euros.
Após ter abandonado esse projecto, que inicialmente tinha um custo estimado em 12 milhões de euros e que passou para 25 milhões, a câmara, já sob a liderança de Gonçalo Lopes, pagou 19.700 euros (valor do contrato disponível no portal base.gov) à Concept Fusion para avaliar a implantação de equipamentos desportivos na área contígua ao Polis.
O trabalho foi apresentado em Novembro de 2022 e apontava como principal proposta a construção de um pavilhão ao lado das piscinas, de dimensão mais pequena e que custaria menos “14 a 17 milhões de euros” do que o anterior projecto.
Pelo meio, houve um estudo de viabilidade económico-financeira do CAM, adjudicado à Delloite por 19.900 euros, cujos resultados nunca foram revelados.
32 mil
formalizou, junto do Ministério
da Justiça, o pedido para
a cedência de uma parcela
com cerca de 32 mil metros
quadrados de terreno do
Estabelecimento Prisional de
Leiria Jovens, prevendo uma
área de implantação de 4.500 m2
Agora, o município está apostado em construir o multiusos em terrenos da antiga prisão-escola, para onde estão projectadas as novas instalações da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria e onde o município ambiciona ter também uma Escola Superior de Desporto.
“O pavilhão entre o novo terminal [rodoviário] e as piscinas não tinha dimensão suficiente para multiusos”, reconheceu Gonçalo Lopes, durante a recente apresentação da Estratégia Leiria 2035, onde revelou a nova proposta de localização.
Na ocasião, o autarca explicou que o objectivo é ter um equipamento “multi-utilizadores”, que sirva tanto a câmara como o Politécnico.
Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, o presidente de câmara adianta que o município já formalizou, junto do Ministério da Justiça, o pedido para a cedência de uma parcela de terreno com cerca de 30 mil metros quadrados.
“Será um trabalho negocial grande e teremos de dar contrapartidas. Mas, a concretizar-se, abre-se um novo eixo de desenvolvimento da cidade”, aponta o autarca, alegando que, além de responder a “uma necessidade da população” e a uma “reclamação antiga” do Politécnico, a construção do pavilhão permitirá “fixar em Leiria o curso de Desporto”, área de formação do Politécnico que é também disputada por Pombal.