De tempos a tempos, a zona serrana de Porto de Mós debate-se com falhas no abastecimento, “não por falta de água, mas por anomalias do sistema”, reconheceu o presidente da câmara, Jorge Vala, na última sessão da Assembleia Municipal (AM).
Na ocasião, o autarca revelou que o município está “a trabalhar” com a EPAL, empresa que já abastece Mira de Aire, no sentido de “criar redundâncias” ao sistema municipal e garantir uma alternativa, no caso de ser necessário “descontinuar” alguma das captações camarárias.
Jorge Vala falava em resposta a uma intervenção do munícipe Telmo Conceição, que reportou cortes no abastecimento em São Bento, uma das freguesias mais afectadas, a par de Arrimal e Mendiga.
“O abastecimento à serra é feito a partir de furos calcários. Com o tempo, o calcário acumula-se e entope as condutas. Tentamos resolver com limpezas, mas os sedimentos saem de um sítio e entopem no outro”, alegou o presidente da câmara, reconhecendo que a situação “provoca bastante desconforto à população” e “transtorno à câmara”.
Assumindo que a criação de “redundâncias”, através de água fornecida pela EPAL, terá custos “bastante significativos”, Jorge Vala garante que o projecto “vai mesmo avançar”.
Na sessão de AM, realizada na passada sexta-feira, também foram reportadas falhas na freguesia das Pedreiras, registadas nos últimos dias, com Jorge Vala a admitir que possam estar relacionadas com a intervenção no sistema para instalar telegestão. Já o presidente da Junta de Alqueidão da Serra alertou para o depósito existente junto ao cemitério da freguesia, que “dispara muitas vezes”, provocando extravasamentos de água.