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E os pirilampos vieram saudar-nos…

Patrícia Martins, mediadora cultural e artística, escritora e investigadora por Patrícia Martins, mediadora cultural e artística, escritora e investigadora
Maio 2, 2025
em Opinião
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E numa noite em cujas as luzes no dia se desligaram sem explicação os pirilampos vieram saudar-nos como que em peregrinação… Tantos, tantos tão bonitos… Diz que a Natureza é como o cliente tem sempre razão… O jardim na noite quente, deixava ver as estrelas…que belo o momento…e o silêncio só interrompido pelo vento…

A última semana foi rica em matéria para pensar e para escrever, ora vamos cá ver … :
O mundo viu partir uma das suas figuras mais consensuais e apaziguadoras…será muito difícil tão depressa encontrar uma personalidade ao seu nível de eloquência e bondade…não estou a pensar nem na Igreja, nem em convicções religiosas, estou a pensar num líder servidor, de carne e osso, inspirador e que praticava o humanismo e a empatia, e que alertava todas as pessoas para a importância de ter os pés assentes na terra e de uma visão de hospitalidade no sentido da abertura ao outro e de uma ética do cuidar…da Mãe Natureza, das pessoas e de todos os lugares habitados…;

Comemoraram-se cinquenta e um anos de revolução, de democracia e liberdade…mas parece que alguns de nós se esqueceram disso, e, houve festa sim, grande e bonita, mas também houve discursos de ódio e confrontos e desaguisados e um país dividido repleto de demagogias e falta de respeito pelo próximo;

Aconteceu uma concentração com mais de um milhar de sikhs residentes em Portugal, acredito que a maioria legal e a pagar os seus impostos, nas ruas de Albufeira, para celebrar o seu novo ano solar, e a sua religião, mas vozes xenófobas e preconceituosos se levantaram…basta olhar para as redes sociais…;

Houve o líder da autoridade palestiniana a exigir o cessar fogo e a libertação de reféns imediata, ao Hamas, zangado, revoltado, dorido…Acabem com isso já ! Mas os orgulhos falam mais alto e as tréguas parecem tão longínquas como uma miragem de um oásis…em dia de desidratação…;
Dois líderes do mundo reunidos na basílica de S. Pedro, em dia de funeral Papal, a discutir condições para o cessar fogo de uma guerra em que o agredido para proteger os seus é convidado a ceder…para alguns será um prenúncio do bem, para outros uma fotografia bonita para o mundo ver…;

…porque os ataques continuam e há propostas de cessares-fogo, com dia marcado, como numa consulta de urgência que demora semanas para acontecer…;

E depois houve apagões por explicar, assim mais ou menos como outras trapalhices de quem nos governa, e que só vêm provar que estamos mais vulneráveis do que imaginávamos, e que perante um cataclismo aparentemente ligeiro, ficamos sem explicações um dia inteiro, sem indicações à população, sem conseguirmos tão pouco comunicar, ou uma mensagem Prociv para nos tranquilizar, ou dar instruções para nos proteger…

Ficamos muitos de nós a ler, a conversar e a conviver…e a aproveitar para descansar e contemplar a beleza da natureza…eu também não fui exceção, mas é fundamental que alguém nos venha explicar…” e se…, como vamos todos, atuar…”

E numa noite em cujas as luzes no dia se desligaram sem explicação os pirilampos vieram saudar-nos como que em peregrinação…

Tantos, tantos tão bonitos…

Diz que a Natureza é como o cliente tem sempre razão…

O jardim na noite quente, deixava ver as estrelas…, que belo o momento…e o silêncio só interrompido pelo vento.

E os pirilampos vieram saudar-nos…

Texto escrito segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: apagãoescurahamasjornal de leiriaLeirialeituralídernoiteopiniãoPatrícia Martinspirilampos
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