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Letras | Lourenço Chaves de Almeida (2007), Memórias de um Ferreiro OU do património (ainda não) esquecido

Cristina Nobre, professora do ensino superior por Cristina Nobre, professora do ensino superior
Fevereiro 28, 2025
em Opinião
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Letras | Lourenço Chaves de Almeida (2007), Memórias de um Ferreiro OU do património (ainda não) esquecido
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Serão poucos os que conhecem o nome de Lourenço Chaves de Almeida (LCA: 1876-1952); menos ainda a sua obra artística: foi um dos mestres do ferro forjado em Portugal. Descendente de artífices, de Lamego, radicou-se em Coimbra, no cumprimento do serviço militar, a cuja carreira pertenceu (sargento artífice), tendo integrado o Corpo Expedicionário Português (CEF) em 1917-1918. As exposições dos seus trabalhos em Coimbra, Lisboa e outras cidades obtiveram sempre sucesso e foi elogiado pela imprensa da época.

O neto, Afonso Chaves de Almeida, responsável pela coletânea de todos os documentos que fazem parte das Memórias de um Ferreiro (MF), conseguiu uma edição rigorosa e notável, com prefácio e coordenação de José Amado Mendes, que a Imprensa da Universidade de Coimbra salvou do esquecimento em 2007 (vd. aqui). Em 2021, a mesma casa editorial publicou a Vida e Obra (vd. aqui), da autoria do neto e prefaciado pelo iminente Professor. Refiro-me apenas às MF já que se encontram repletas de referências artísticas do nosso património, na 1.ª pessoa do mestre, com gosto pela investigação e pela escrita e que deixou anotações cuidadas, fontes originais fidedignas, salvas em boa hora pelo neto Afonso, afilhado do Poeta.

Talvez a mais importante e destacada das suas muitas obras seja o Lampadário / Chama da Pátria, guardado no Mosteiro da Batalha, iluminando o túmulo do Soldado Desconhecido. Há pelo menos oito apontamentos / capítulos diretamente relacionados com a história do processo de criação e trajetos da vida cultural e artística do Lampadário, que permitem ao leitor perceber como muitas das resistências à arte vêm de longe e só a tenacidade criativa dos artistas as consegue vencer e fazer atravessar o tempo cronológico. Desde a encomenda em março de 1921, que faz LCA sonhar com um esboço ainda longe da grandeza do original (“[…] ofereçam um Lampadário que posto à cabeceira do túmulo, por si só, seja um monumento, uma coisa gótica, estilo da Batalha, com figuras alegóricas à nossa História, com baldaquinos e uma coluna encimada pela candeia, tudo muito rendilhado!…”, op. Cit., p.97), passando pelo número de horas de realização (“Este trabalho, que é todo em ferro forjado foi principiado, como se vê (pelo gravado na base de ferro) em 20 de Abril de 1921 e concluído em 29 de Junho de 1922, tendo dispendido com este trabalho quatro mil e oitocentas horas (isto é, trabalhando 12 a 14 horas por dia).” idem, p.120) e pela anedota irónica com a questão do preço e valorização da peça artística pelos poderes institucionais de então, com descrição dos vários locais em que a obra foi exposta antes de dar, finalmente, entrada na Casa do Capítulo da Batalha, a 9 de abril de 1924, numa cerimónia oficial e marcante na História de Portugal.

Os nomes de (Geno)Veva de Lima (Mayer Ulrich) e Afonso Lopes Vieira estão entre os mais citados dos amigos protetores que sempre o incentivaram e lhe fizeram algumas das encomendas que hoje se encontram entre as peças artísticas mais reconhecidas e acessíveis ao público. Para Veva de Lima, entre as muitas peças realizadas, destaca-se o Lectus Romano, estilo pompeiano, que esteve em exposição no Museu Machado de Castro (MMC) em novembro de 1924. Para Afonso Lopes Vieira – com quem as MF revelam o convívio íntimo e amical (“Ourives do ferro, Ferreiro de jóias”, assim o apelidou na Conferência da Arte Coimbrã, em 1921) – o destaque vai para o Relicário, onde guardava uma mecha dos cabelos de Inês de Castro, doado ao MMC por vontade do poeta, efetivação de sua viúva e intercessão de LCA. Mas outras peças mais ou menos negligenciadas e outras perdidas pelo desgaste do tempo e erosão marítima, como a jarra feita com destroços de um obus da I Guerra e a maçaneta da porta da varanda, com a cadela Elsa, podem ser identificadas na Casa-Museu Afonso Lopes Vieira em S. Pedro de Moel (Nobre, 2013).

A merecer investigação, a “História do meu livro Os túmulos de Alcobaça e os Artistas de Coimbra” (idem, p.187 e sg.), evidencia como LCA se distinguiu e fez parte dos que defenderam a escola portuguesa de artistas, onde Lopes Vieira, José de Figueiredo e Reinaldo dos Santos se incluíram. Porém são três minúsculas linhas de leitura subjetivas, num livro que as pode multiplicar imenso: para que o património continue humanamente vivo.

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