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Letras | Uma galinha em fuga

Ana Moderno, autora e conservadora de museus por Ana Moderno, autora e conservadora de museus
Fevereiro 14, 2025
em Opinião
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Letras | Uma galinha em fuga
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“Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não passava das nove horas da manhã”. – assim arranca o conto da célebre autora, a abordar adiante. Foquemo-nos, por agora, na sentença imediatamente ditada à galinha.

As duas frases são claras: uma morte e um banquete anunciados pelo mesmo arauto, com encontro marcado para domingo, dia de reunião de família.

Crê-se que a ré que se desvenda tenha sido criada no campo, medrada com milho, couves, cascas de batatas e de cenouras. Galinácea de patas ágeis, habituadas a esgravatar na terra nas pacatas horas livres, qual arqueóloga em busca de achados de minhocas. É obediente e recebe algum carinho dos donos. Do seu destino nada sabe. Não sonha sequer no que lhe vai acontecer depois de lhe ser torcido o pescoço.

A galinha do conto aparentava estar calma, mas surpreendeu a cozinheira quando se esquivou num voo desajeitado alcançando o telhado vizinho. A perseguição começa. Escaparão a galinha e o seu pescoço?

Poderá uma galinha em fuga suscitar os mais profundos sentimentos por parte da família? Quem ganha? O almoço ou o afecto?

No conto “Uma Galinha”, inserido na obra Laços de Família, a autora, Clarice Lispector, tem a agiliza de desviar o leitor dos caminhos aparentemente tidos como certos e confrontá-lo bruscamente com emoções não previstas. Clarice traz mais do que um twist. Diz Lídia Jorge, no prefácio do livro, que “quem leu sabe que a prosa de Clarice assenta em uma daquelas raras escritas da qual se sai diferente quando uma vez lá se entrou”. Laços de Família reúne treze contos desconcertantes. Para além de uma galinha, há um búfalo, a menor mulher do mundo, um professor de matemática, um jantar, uma rosa, entre outros, inseridos em contos que prometem incomodar a pacatez dos leitores conformados.

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