Autoridades vão abrir inquérito para perceber o que motivou adornamento do Virgem Dolorosa ao largo da Praia do Samouco

As autoridades vão abrir um inquérito de sinistro marítimo para averiguar as causas que levaram ao adornamento da embarcação de pesca Virgem Dolorosa, registada na Póvoa do Varzim, mas a operar a partir da Figueira da Foz, esta madrugada, a uma milha (1852 metros) da costa da praia do Samouco, no concelho da Marinha Grande.

O porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN), comandante José Sousa Luís, avançou ser prematuro avançar com um motivo, mas que a ondulação sentida no mar não seria suficiente para fazer virar o barco onde seguiam 17 tripulantes – 15 portugueses e dois indonésios, entre os 30 e 65 anos. “Não haveria condições oceanográficas adversas para a navegação”, sublinhou esta fonte.

Contudo, o foco, neste momento, adiantou José Sousa Luís, está concentrado nas operações de regate e busca por três pescadores que ainda se desaparecidos.

As operações estão ser efectuadas com recurso dois helicópteros da Força Aérea Portuguesa, um drone de AMN, uma embarcação do Posto de Salva-Vidas da Nazaré e duas viaturas em terra. Ainda a caminho da área, está o navio de patrulha oceânica da Armada, NRP Setúbal, que também irá participar nas buscas.

O porta-voz da AMN referiu ainda que, esta manhã, esteve já no local uma equipa de mergulhadores forenses da Polícia Marítima que não conseguiu entrar na embarcação devido à ondulação.

No entanto, uma inspecção realizada à volta do barco de pesca, que se encontra a flutuar adornado, revelou que ninguém estava preso nas redes.

Os três desaparecidos e os três mortos são de nacionalidade portuguesa.

José Sousa Luís explicou ainda que, para uma embarcação deste tipo não havia excesso de pessoa a bordo, e que o número é o “ajustado”.