PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Cinema e TV | Isto é uma coisa a ver: Jurado N.º 2

Elsa Margarida Rodrigues, professora e escritora por Elsa Margarida Rodrigues, professora e escritora
Janeiro 5, 2025
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Com uma longevidade e genialidade invejáveis, Clint Eastwood realiza, aos 94 anos de idade, o filme Jurado Nº 2, que estreou no dia 20 de dezembro na plataforma Max quase sem passar pelo circuito das salas de cinema.

O filme de Eastwood não pode deixar de ser visto como um tributo a Doze Homens em Fúria, realizado por Sidney Lumet em 1957, em que doze jurados se reúnem para decidir a sentença de um porto-riquenho acusado de matar o próprio pai. Aí, é Henry Fonda, no papel do jurado número oito, quem vai, contra os restantes onze jurados, argumentar a favor da dúvida razoável que permitirá o veredito de inocente, desmascarando, no processo, os preconceitos sociais e raciais que enviesam o julgamento individual e põem em perigo a justiça.

Jurado Nº 2 segue o esquema de Doze Homens em Fúria (o júri tem de decidir a inocência de um traficante de droga, membro de um gangue, acusado de ter assassinado a namorada depois de ter sido visto a discutir violentamente com ela num bar), conseguindo o mesmo efeito de mostrar como as vivências e convicções pessoais podem impedir um julgamento objetivo dos factos e de como a argumentação pode ser usada para moldar pontos de vista. No entanto, Eastwood acrescenta camadas narrativas que aprofundam a reflexão sobre culpa, redenção, verdade e justiça. Para isso oferece, não apenas o processo de deliberação dos doze jurados como acontecia em Doze Homens em Fúria, mas o próprio crime, o culpado, o julgamento, as expectativas e o passado das personagens, criando uma teia complexa de dilemas morais nas quais o espectador se vai enredando.

Ao contrário do filme de Lumet, que mantinha até ao fim o público tão ignorante dos factos quanto os jurados, obrigando-o a movimentar-se, como eles, da certeza para a dúvida, Eastwood dá ao espectador toda a informação necessária para que este possa determinar a culpa ou a inocência dos envolvidos, conduzindo-o, ambivalentemente, de questão em questão e de incerteza em incerteza até ao fotograma final, mostrando que a justiça poderá ultrapassar a mera verdade factual dos acontecimentos. A pergunta central que o filme parece colocar, pela voz do jurado número dois, Justin Kemp (interpretado por Nicholas Hoult), é a de se alguém é, efetivamente, capaz de mudar. Rapidamente se percebe que uma resposta afirmativa leva a uma segunda questão: se é possível mudar, qual é então a responsabilidade que o novo eu deve ter pelos atos cometidos no passado? Deverá ser condenado pela pessoa que foi quando já é outro? E o que acontece quando essa pessoa somos nós e temos o conhecimento de todos os atenuantes?

Todas estas questões se enquadram numa reflexão mais vasta e profunda acerca da relação entre a consciência moral e a responsabilidade coletiva, para a qual Clint Eastwood parece apontar caminhos sem impor direções, impedindo o distanciamento afetivo e reflexivo do público, como de resto acontece com a grande maioria dos seus filmes. Ainda que Jurado Nº 2 encerre, pela mão da Procuradora interpretada por Toni Collete, com a afirmação de que apenas a verdade serve a justiça, ficam no espectador, como no júri de Doze Homens em Fúria, desmascarados os preconceitos e instalado o mal estar a que a dúvida conduz.

Etiquetas: Elsa Margarida Rodriguesisto é uma coisa a verjurado nº2
Previous Post

Aumentam acidentes e feridos graves, diminuem mortos nas estradas de Leiria

Próxima publicação

Campus da Justiça de Leiria sem margem orçamental

Próxima publicação
Campus da Justiça de Leiria sem margem orçamental

Campus da Justiça de Leiria sem margem orçamental

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.