No final do Verão de 2013, fechava portas o complexo de piscinas oceânicas da praia de São Pedro de Moel. Com ele, encerrava um ciclo de quase 50 anos, não só de animação nas piscinas, mas também de diversão nocturna garantida pelos diferentes espaços de bar, restauração e discoteca que compunham aquela infra-estrutura.
Chegou a ser noticiada a intenção de ser construído um aparthotel no local, mas nenhuma ideia se materializou e o que restava do complexo foi-se degradando. Já no início de 2022, depois de se ter reunido com o proprietário do complexo,[LER_MAIS] Aurélio Ferreira, presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, disse acreditar que, até meados de Fevereiro desse ano, iria conhecer o esboço do projecto que o promotor teria para aquele espaço. Independentemente da apreciação que viesse a ser feita pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que teria a última palavra acerca da obra, o autarca defendia então que as piscinas se deveriam manter, devendo estas ser de fruição pública.
Na passada segunda-feira, na última reunião de Câmara da Marinha Grande, a vereadora Alexandra Dengucho voltou a questionar Aurélio Ferreira sobre o andamento do processo. O presidente informou que têm decorrido reuniões sobre este processo “difícil”, sendo que a APA solicitou ao investidor uma prospecção geológica ao local. O presidente informou ainda que é aguardado um parecer jurídico sobre a possibilidade de aumentar as unidades funcionais do complexo. Aurélio Ferreira garante que é um processo que tem de ser resolvido, embora não tenha datas para apresentar.
Na última reunião de câmara, também questionado por Alexandra Dengucho sobre o projecto de construção das novas piscinas municipais, na cidade da Marinha Grande, o autarca informou que já foi feita uma consulta preliminar ao mercado.
Os valores da construção têm vindo a aumentar e se o concurso público para a construção for lançado por valor inferior ao que actualmente é praticado, talvez fique “deserto”, argumentou.
Depois disso, há que negociar financiamento junto da banca, discutir na câmara, na assembleia municipal e só depois submeter a apreciação do Tribunal de Contas, lembrou o presidente.