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– Já não há paciência … para tantos programas televisivos em torno do futebol. Será que há assim tanta coisa para discutir, noticiar, analisar? Que saudades do Domingo Desportivo. Esse sim, um programa que fazia desejar que a noite de domingo chegasse rapidamente para ver e ouvir as análises do Gabriel Alves e ver as repetições dos magníficos golos marcados pelo pé que o jogador tinha mais à mão.
– Detesto… continuar a ver muita gente a deixar as beatas de cigarro no areal da Praia da Vieira. Além de ver os cães a deixarem os seus dejectos nos passeios e nas ruas da Vieira – sem que os donos, os que os têm, se preocupem com isso -, o que não permite que as pessoas caminhem de cabeça erguida, mas antes com os olhos fitos no chão…
– A ideia… de que um dia hei de ver fazer justiça à freguesia da Vieira, com os investimentos de que necessita e merece e com a qualidade de vida que faça regressar muitos dos que, nos últimos anos, a deixaram – e que tanta falta fazem aqui -, é algo com que me confronto frequentemente. E, como diz a sabedoria popular, “a esperança é a última a morrer”.
– Questiono-me se… algum dia vai haver coragem para a revolta necessária para travar a poluição no rio Lis. Lembram-se da frase que marcou os tempos que antecederam a construção da barragem do Alqueva? “Construam-me, porra!!!”. Acho que, no caso do Lis, seria acertada uma frase dirigida aos políticos e empresários do sector apontado como principal poluidor: “Tenham vergonha na cara, porra!!!”.
– Adoro… comer. Mas, a culpa não é minha. Quem inventou pratos como bacalhau à Gomes de Sá, leitão assado, peixe na brasa ou arroz de marisco da Praia da Vieira – só para citar o que me apetecia hoje para o almoço – é que é responsável pelo meu perímetro abdominal.
– Lembro-me tantas vezes… das noites da Praia da Vieira nos finais dos anos 80 e inícios dos anos 90. As noites no Pianu´s, com as ‘cañas’ servidas pelo Paulo Gomes, a música dada pelo Luís Russo e companhia e a passagem obrigatória pela Riomar, numa jornada que começava quase sempre com o encontro n’O Salão. Que tempos, senhores…
– Desejo secretamente… ver o Sporting ganhar a Liga dos Campeões ainda nesta década. É mesmo um desejo secreto que não me atrevo a expressar publicamente, para evitar coisas…
– Tenho saudades… do meu pai.
– O medo que tive… quando o meu filho esteve internado com uma infecção bacteriana. Tinha pouco mais de um ano. Foi um período em que senti o desespero de não poder fazer nada. Valeu o serviço de pediatria do Hospital de Leiria, os mimos da mãe e a força de vontade do miúdo, que está aí para o que der e vier.
– Sinto vergonha alheia… quando estou num café ou restaurante e, numa mesa próxima, alguém está ao telemóvel em alta voz ou a fazer uma videochamada. Haja decoro!
– O futuro… vai permitir ver a Biblioteca de Instrução Popular, a mais antiga colectividade da minha terra, como um verdadeiro centro cultural que se assumirá como o orgulho dos vieirenses e proporcionará localmente a verdadeira promoção cultural. O trabalho é árduo, mas a meta é possível. No próximo ano há eleições. Esta é altura de começarem a preparar projectos e equipas. Força nisso!
– Se eu encontrar… a bola da Nívea que perdi no início da década de 70 na Praia da Vieira e que me fez chorar baba e ranho durante uma semana, faço uma festa de arromba.
– Prometo… continuar a começar a fazer dieta a cada dia 1 de cada mês. Acredito que haverá um mês em que chegarei ao dia 2. Quando conseguir, aviso.
– Tenho orgulho… imenso no meu filho e no percurso pessoal e profissional que está a fazer. Nunca a frase “saiu melhor que a encomenda” se aplicou tão perfeitamente.
