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Do que não me dispo

Cláudia Camponez, psicóloga educacional por Cláudia Camponez, psicóloga educacional
Julho 26, 2025
em Opinião
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O que fazem à roupa velha que em tempos vestiram vezes sem conta? Aquela que, não sendo obrigatoriamente a roupa do domingo, vos assentava que nem uma luva e, de certa forma, vos potenciava e favorecia. Aquela que era titular sempre que a ocasião o justificava. O kit no mercy, como alguém chegou a dizer-me numa noite em São Pedro de Moel. Aquela, que depois deixou de servir, saiu de moda ou se rasgou de tanto uso.

Eu consigo enumerar mais de uma dúzia de peças que amava e sempre que dou com elas, memórias boas me invadem. Volto aos lugares, às ocasiões e às pessoas. Sim, porque dificilmente me desfaço daquilo que, outrora, me fez sentir bem, mesmo que agora pareça obsoleto.

Seja o que for, não me embaraça, volvidos que sejam já muitos anos. Se na altura fez sentido, valeu a pena e fez parte, acompanhar-me-á indelevelmente ainda que por vezes empoeirado. Não se apaga nem é removido. Permanece em mim. Se assim é com os trapos, também assim é com as pessoas. Guardo-as em gavetas que se abrem sem empenos. Vesti-as em tempos, acompanharam-me, ficavam-me bem, valorizavam-me e davam-me confiança, e mesmo que depois a vida nos leve por caminhos distintos, todas elas continuarão a merecer lugar na minha cómoda de memórias.

Até porque eu só sou eu graças à presença e também ausência de todos os rostos que fui vestindo. Não guardo tudo, guardo o importante, o que me vai transformando. Sou um somatório de indivíduos, de experiências e de emoções. Guardo o amor demonstrado, o gesto, a amizade, a palavra de apoio ou de incentivo, a gentileza, a simpatia, a advertência e a preocupação, as lágrimas e a paródia, o mimo, o abraço, a beleza e a verdade.

As pessoas não se descartam e no meu caso farão sempre parte da história que vou escrevendo. A minha escolha nunca passará pelo desapego, mas antes pela gratidão e pela permanência dos afetos. Sou feita das minhas histórias e ligações e o que agora não uso ainda me serve!

Texto escrito segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: apegoCláudia Camponezimagináriojornal de leiriaLeiriamemóriasopiniãopeçaspessoasroupavestuário
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