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João Lázaro, psicólogo clínico e director do TE-ATO por João Lázaro, psicólogo clínico e director do TE-ATO
Julho 24, 2025
em Opinião
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Manter atualizada a contagem de vidas perdidas na Faixa de Gaza é um exercício perverso. Diariamente os números aumentam numa vertigem que desafia o humanamente aceitável. Entre duas garfadas e um trago do nosso quotidiano, as imagens chegam-nos pelos canais televisivos numa repetição que entorpece os sentidos e o sentir.

Alguns agentes políticos tratam o assunto com luvas de esterilidade diplomática, enquanto o drama se repete dia após dia perante a nossa total incapacidade de nos fazermos ouvir e menos ainda de agir. Confia-se a solução a um fulano, que olha o mundo e as pessoas que nele vivem, na ótica de um merceeiro com o seu borrão de deve-e-haver, que gere o poder e a influência na perspetiva das mais-valias que lhe cabem, bem como ao exército de execráveis criaturas que o suportam e mantêm, opulento de desumanidade e que saliva pelo reconhecimento de um Nobel da Paz sendo ele mesmo um mercador da guerra.

Quantos mais inocentes terão que morrer até que uma réstia de humanidade nos inquiete e faça vir todos e todos os dias para a rua gritar a nossa indignação pela barbárie, pelo genocídio de um povo inteiro? Um milhão? Será que apenas quando o número for tão obsceno seremos todos capazes de gritar a angústia?

Li uma vez, algures, que um oficial norte-americano aquando da libertação de um campo de extermínio de judeus, deu ordens para que tudo fosse fotografado de modo a que a ação da besta nazi não pudesse ser nunca esquecida. Temia que ninguém acreditasse o quão cruel poderia ser o fascismo e desse modo, pela prova das imagens, a história não desse lugar à repetição da mais abjeta destruição do Homem pela aceitação da cegueira ideológica de um homem.

A 2 de setembro de 1945 rejubilava o mundo porque tinha terminado a guerra que poria fim às guerras. Bastaram 80 anos para que as imagens a sépia de então passassem aos frames interruptos de hoje e que nos fazem sentir sermos cúmplices de um pesadelo do qual teremos pudor de um dia contar aos nossos filhos.

Será necessário que um milhão de palestinianos morra para acordarmos a consciência de um mundo inteiro e reconheçamos que o fascismo está a eclodir mesmo ao nosso lado e em todo o lado? Será que os episódios tenebrosos em que se perseguem homens iguais a todos os homens, levem quem nos governa, aqui e noutros lados, a abandonarem a tibieza das suas posições? Será que temos que recriar um novíssimo dicionário para explicar o sentido da palavra Humanidade?

Texto escrito segundo as regras do Novo Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: direitosfascismoguerraJoão Lázarojornal de leiriaLeiriamorteopiniãopalestinianospolíticatotalitarismotrump
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