Quase dez anos após o início do projecto no concelho, Ourém reformulou o serviço Transporte a Pedido, alargando-o a todo o concelho e à totalidade dos dias úteis. O objectivo é “ir ao encontro das necessidades das pessoas”, ajustando horários e reformulando percursos, explica o presidente da câmara, Luís Albuquerque.
Segundo o autarca, as alterações, já em vigor, permitem que o serviço, assegurado por taxistas contratados para o efeito, passe a ligar todas as freguesias à sede de concelho, com horários disponíveis de segunda a sexta-feira. “Antes, apenas assegurava o acesso às extensões de saúde e ao mercado semanal de Ourém [à quinta-feira]”, recorda o Luís Albuquerque, reconhecendo que o serviço “não estava a ter a adesão” registada noutros concelhos do Médio Tejo.
No último ano, por exemplo, foram transportados em Ourém apenas 749 passageiros, num total de 7.372 quilómetros percorridos, representando um custo para a câmara na ordem dos 3.000 mil euros. Isto porque o município assegura a diferença entre o valor pago pelas pessoas, que varia entre um e dois euros, em função da distância da viagem, e o preço do serviço cobrado pelos taxistas.
“Temos uma grande dispersão territorial e um défice de transportes públicos, que não podem chegar a todos os lugares. O Transporte a Pedido é uma forma de colmatar essas deficiências”, alega Luís Albuquerque, que acredita que a reformulação agora introduzida ao serviço irá responder melhor às necessidades da população e, dessa forma, aumentar a procura, nomeadamente de circuitos que não tinham utilização. Segundo dados apresentados pela autarquia, no ano passado, dos 14 percursos existentes, só cinco tiveram passageiros.
Para poderem usufruir do serviço, os munícipes devem reservar o transporte até às 15 horas do dia anterior à viagem, fazendo a marcação através de uma chamada telefónica (800 209 226), “indicando o local e se pretende o serviço de regresso”, explica Miguel Pombeiro, primeiro secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.