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A base operacional da ambulância de emergência médica, instalada transitoriamente no quartel dos Bombeiros Sapadores de Leiria, vai passar para o antigo centro de saúde dos Parceiros, cujo contrato de comodato foi assinado hoje entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Câmara de Leiria.
Gonçalo Lopes, presidente da autarquia, destacou a remodelação de um espaço que se encontrava devoluto para criar “condições para que os profissionais [INEM] possam despachar rapidamente os meios, mas também dando-lhes conforto para poderem desempenhar as suas funções”.
Afirmando que existe uma crise na função pública, cujos salários estão abaixo do praticado no sector privado, o autarca considerou que a forma que existe para compensar os funcionários públicos e recrutar pessoas “é, efectivamente, criar condições de trabalho, de modo a que a sua satisfação compense”.
A localização é “extraordinária para aquilo que são os objectivos do INEM, que é dar uma rápida resposta em situações para salvar vidas”.
Sérgio Dias Janeiro, presidente do Conselho Directivo do INEM, afirmou que a “forma de mitigar algumas dificuldades é através de sinergias”, admitindo a falta de recursos.
“É através de sinergias que conseguimos, tal como é este magnífico exemplo. Reaproveitou-se um espaço que existia da saúde dando condições para que as nossas equipas do INEM tenham melhores condições de trabalho, tenham até uma localização mais privilegiada com melhores acessibilidades para melhor cumprir a sua função e, tal como foi deixado o réptil e também é o nosso desejo, deixar também condições para que a presença do INEM de Leiria também possa crescer”, garantiu.
Segundo Sérgio Dias Janeiro, o crescimento pode não ser só através da alocação de mais meios de emergência, recursos humanos e materiais, mas também apostando numa descentralização de serviços.
“Temos o serviço de atendimento mais centrado em quatro grandes CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes), mas é a nossa intenção criar condições para que existam redundâncias mais descentralizadas, seja através de condições para teletrabalho, como também aproveitando bases operacionais com melhores condições”, revelou o presidente do INEM.
O objectivo será criar ‘mini-CODU’, “onde possa haver dois ou três operacionais que também façam esse serviço e dessa forma também dar melhores condições de trabalho a quem resida nesta cidade ou perto desta cidade e que possa fazer esse trabalho sem ter de se deslocar, neste caso, até Coimbra”.
Estes postos irão ficar integrados no Sistema Integrado de Emergência Médica e a mais-valia para o INEM seria aproximar os profissionais do seu local de residência. “Ao demonstrarmos uma intenção efetiva de criar condições para que os profissionais façam o seu trabalho o mais próximo possível de casa, naturalmente temos maiores probabilidades de sucesso no recrutamento”, reforçou.
Para os profissionais que já integram os quadros do INEM é também benéfico pois “poderá potencialmente diminuir a necessidade de deslocamentos casa-trabalho e trabalho-casa”.
