Teremos no dia 10 de março eleições legislativas antecipadas, marcadas na sequência da demissão do Governo. O ambiente eleitoral já se sente e era útil que pudesse servir para discutir ideias além de casos e ideias bacocas. O PSD já lançou uma das suas prioridades. O aumento do complemento solidário para idosos.
Trata-se de um apoio financeiro atribuído a idosos de baixos rendimentos e que o PSD defende que até ao final da próxima legislatura não pode ser inferior a 820 euros. E a razão é simples: é uma questão de justiça social. O aumento brutal do preço de bens essenciais, da subida dos custos com a casa e a degradação dos serviços públicos colocou muitas destas pessoas em situação de grande vulnerabilidade.
Aumentar este apoio é responder a uma emergência social, num país onde quase dois milhões de pessoas estão em situação de pobreza, com menos de 591 euros por mês. Assim, ao aumentar significativamente o complemento solidário para idosos estamos a apoiar quem já não está na idade ativa e tem de enfrentar o aumento brutal do custo de vida.
Na sequência da apresentação desta medida houve quem tentasse criar confusão à volta dela, ao invés de discutir o seu mérito e a concordância ou discordância com a mesma. Foi um péssimo contributo à democracia e que procurou fugir à realidade: os idosos neste País passam muitas dificuldades e o Estado tem um papel a que se não pode furtar.
O que se espera dos partidos e dos responsáveis políticos é que sejam capazes de dizer mais alguma coisa além de mal das ideias dos outros, apresentando – por exemplo – as suas próprias ideias. Faço fé que nas semanas que se seguem este paradigma seja alterado e possamos ter uma campanha de discussão de problemas e da situação dramática em que muitas áreas da governação se encontram, mas sobretudo que se tenha a capacidade de discutir soluções e propostas para melhorar a vida das pessoas.
É esse o tipo de discussão que engrandece e enriquece a Política, demonstrando o papel transformador que esta pode ter em fazer deste um País melhor.