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Home Opinião

Que mulher é essa

Cláudia Camponez, psicóloga educacional por Cláudia Camponez, psicóloga educacional
Novembro 18, 2023
em Opinião
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Podia ser o nome de uma canção de A garota não, mas não é. Apenas lhe roubei o título como mote para pensar na mulher e na sua condição feminina.

Às vezes, por mais que fuja, há coisas que teimam em cair-me no colo. Foi assim com este texto e com este tema. Por mais que os enxotasse, tudo à minha volta parecia convergir na mesma direção e às tantas, eu que frequentemente relativizo e fecho os olhos a muita coisa, como que adormecida e sem vontade de me aborrecer, dei por mim mais reativa e escrutinadora, quase que em busca de provas que sustentassem a necessidade de escrever sobre este assunto: homens e mulheres ainda não caminham lado a lado. Porquê?

Hoje partilho convosco alguns dos pensamentos que me vão assolando em diferentes situações que vou testemunhando. Escrevo sobretudo sobre as mulheres e faço-o de duas maneiras bastante distintas: ora indignada, porque a fasquia continua a estar mais alta para a mulher, veja-se por exemplo na sua sub-representação em cargos de decisão na vida política e económica (também podia falar da sub-representação da mulher em cafés e esplanadas ao fim de dia, mas fica para outra altura); ora repleta de admiração plena pela magia inerente à sua existência. Será acima de tudo um convite à reflexão. Na realidade, questiono mais do que respondo.

Que mulheres somos nós? Primeira pergunta. Que mulheres somos nós após emancipações e lutas por igualdade de direitos e de oportunidades? Mudou alguma coisa? O patriarcado já lá vai? Abandonámos pareceres e crenças antigos? Ou continuamos a escolher caminhos em função do sexo que a meiose nos determinou? Hoje, uma menina de 10 anos que acompanho em consulta disse-me: Ainda há muito machismo! Por ser menina, os rapazes não me querem a jogar à bola, a mim que até corro mais que eles!

Como é que estes miúdos, nascidos há uma década atrás, construíram esta barreira? Somos nós adultos que ainda alimentamos este preconceito? Porque não somos todos parceiros na igualdade? Valemos todos o mesmo! São as hormonas que nos correm no sangue que servem
de bitola na definição de pertença ou exclusão? Há privilegiados e não privilegiados, no que ao sexo diz respeito?

Somos livres, mas sem o exercício de podermos ser quem somos, ainda. O que é que a condição biológica confere às mulheres? Será essencialmente cultural o que as difere dos homens? É a educação que as torna mais gentis? É o “faz-te um homem” que os torna a eles mais rijos e mais contidos emocionalmente e logo aparentemente menos frágeis e mais capazes? O que faz uma voz masculina ser ainda mais ouvida? Porque somos nós mulheres as mais preocupadas com o bem-estar? Porque somos mães habituadas a cuidar?

É muito bonito ser mulher, mas continua a ser muito mais fácil ser homem. Ser mulher dá mais trabalho e exige uma gestão multinível, se assim posso dizer. A mulher encerra em si uma flexibilidade extraordinária perante os obstáculos que tem no seu caminho, sejam afazeres domésticos, familiares ou até mesmo relacionados com a vigilância da sua saúde sexual. Isto sem falar das ideias ridículas e preconcebidas às quais ainda está subjugada… Uma mulher é tudo e é tanto. Uma mulher chega a todo o lado e ainda mais longe se tiver de ser e o backstage que leva a cargo diariamente não tem a devida expressão.

As protagonistas femininas desta vida, para além do lado profissional que assumem, asseguram aqueles nadas que são muito e dos quais não se tem noção, a não ser que por lá se passe. Nadas diários e rotineiros numa antecipação constante, embrulhados nos afazeres afetos à ocupação laboral e outras. Pequenos pormenores que fazem o todo girar, como que agarrados àquilo que é ser-se mulher. Coisas invisíveis, mas indispensáveis ao bom funcionamento do quotidiano que só se fazem notar caso a mulher as deixe de fazer.

Eu sei que as dinâmicas familiares são diversas e que nem sempre existe uma mulher na equação, mas mesmo assim, na base, na génese da coisa, houve à partida uma mulher que assumiu este papel de fazer o que mais ninguém faz.

Sujeitas à imensidão da maternidade, a constantes ideais de beleza, a pressões comportamentais castradoras, a desigualdades de oportunidades em diversos domínios… as mulheres são tudo menos frágeis!

Acabem-se os estereótipos de género. Que baste apenas a capacidade de se executar o que tem de ser feito.

Etiquetas: Cláudia Camponez
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