A apresentação do estudo de intervenção para a zona da futura estação da linha de alta velocidade (LAV) em Leiria, a construir na Barosa, que chegou a estar prevista para a próxima semana, foi adiada para Setembro. A informação é avançada ao JORNAL DE LEIRIA pelo presidente da câmara, Gonçalo Lopes, esclarecendo que o adiamento acontece a pedido da Infraestruturas de Portugal (IP).
O autarca tinha anunciado, na última sessão da Assembleia Municipal (AM), que o primeiro ‘draft’ da estação da alta velocidade e da área envolvente, cujo projecto será desenvolvido pelo arquitecto espanhol Joan Busquets, seria apresentado publicamente a 12 de Julho com a presença de elementos da IF.
Para já, sabe-se que será construída uma nova estação, na Barosa, o que implicará a desactivação da actual, bem como de vários quilómetros do traçado da Linha do Oeste, que deixará de circular na zona da Gândara. Esta é uma opção contrária àquela que defendia o presidente da Câmara de Leiria, que preferia a requalificação da actual estação e a sua adaptação à alta velocidade.
“Mais uma vez, a nossa cidade e o concelho são preteridos em favor de um projecto regional”, assumiu Gonçalo Lopes durante a AM, onde garantiu que o executivo não entregou a estação da Barosa “de mão beijada como alguns defendiam”. “Ninguém consegue negociar entregando de bandeja aquilo que a maioria quer”, criticou, revelando que o município apresentou “um conjunto de exigências”, que estão a ser negociadas com a IP.
Questionado pelo JORNAL DE LEIRIA sobre as exigências feitas, o autarca escusou-se a avançar pormenores, por considerar que o “timming não é o adequado”. “Passam, sobretudo, pelas acessibilidades de primeiro grau entre a futura estação na Barosa e a cidade, um pacote de obras que garanta que essa ligação se fará sem constrangimentos”, disse ao nosso jornal, em linha com o que tinha referido na AM.
Gonçalo Lopes garantiu que o executivo irá também pugnar pela “salvaguarda” da actual estação, de forma a que “todo o património seja valorizado com algo que seja uma âncora e permita ter um pólo de crescimento daquela zona da cidade”.