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Home Sociedade

Cego de nascença, José Ilídio Neves é um amante de actividades radicais

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Junho 9, 2024
em Sociedade
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Cego de nascença, José Ilídio Neves é um amante de actividades radicais
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Cego de nascença, José Ilídio Neves, de 61 anos, nunca deixou que a deficiência lhe limitasse os sonhos. Amante de actividades radicais, já fez slide, dupping, arborismo, parapente, escalada, rappel, canoagem e karting (como ‘pendura’). “Ainda me falta saltar de pára-quedas. Tenho esse sonho”, confidencia, confessando que “sempre” gostou do “limite”. Não pelo prazer do risco e da adrenalina, mas pela “sensação de liberdade” que diz retirar desse tipo de experiências, proporcionadas por instituições como a delegação de Leiria da ACAPO (Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal) e a Associação de Retinopatias de Portugal.

“Com a minha limitação, gosto de actividades que me proporcio nem equilíbrio mental. É também uma forma de reforçar a auto-estima”, justifica José Neves, que trabalha como telefonista no hospital de Leiria, para onde se mudou no início deste ano, com a extinção do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, em resultado da entrada em funcionamento da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria.

O gosto de José Neves por testar os limites começou nos primeiros anos de vida, passados em Cabeço do Carriço, aldeia da freguesia do Carriço, concelho de Pombal. “Sempre tive amigos que puxaram por mim e que me convidavam para entrar nas brincadeiras”, conta, recordando o estratagema que montaram para que os pudesse acompanhar nos passeios de bicicleta: “Um deles seguia à minha frente com um arame preso ao raio de forma a bater na roda, para que fizesse barulho. Eu seguia o som.”

Essa vivência, em contacto com a natureza, seria interrompida aos oito anos, quando os pais o inscreveram numa escola para cegos, em Lisboa, onde frequentou o ensino pré-escolar e o 1.º ciclo. “Foi duro. Tive de deixar o meu ambiente, os meus amigos, e ir para o desconhecido. Chorei bastante”, assume, reconhecendo, no entanto, que se tratou de uma “boa opção”, porque a escola deu-lhe “uma grande preparação para a vida”.

Foi aí que, por exemplo, aprendeu braille, a orientar-se na rua com bengala e a “ver através das mãos” e da audição. “Recebi formação essencial para educar o cérebro para dar forma aos objectos”, assinala, referindo ainda os ensinamentos relacionados com a vida diária, como o cozinhar ou circular nos transportes públicos. Com 14 anos, regressou a Pombal. “A escola entendeu que tinha capacidade para frequentar o ensino regular”, especifica José Neves, que fez o ensino preparatório, do 5.º ao 9.º ano, no Externato da Guia.

Seguiu-se o secundário na Escola Domingos Sequeira, em Leiria, onde concluiu o curso de secretariado e reencontrou aquela que viria a ser sua esposa, também ela cega, que tinha conhecido quando estudou em Lisboa. Dos bailaricos a telefonista Após terminar o 12.º ano, dedicou-se à música.

“Comecei a fazer bailaricos. Tinha comprado uns teclados electrónicos, que aprendi a tocar de ouvido e com a ajuda de um amigo. Actuava nas festas populares, sobretudo em Pombal, mas também na zona da Serra da Estrela, para onde me chamavam depois de uma actuação que fiz em Seia.”

Depois de vários anos a animar bailes, entendeu que precisava de um emprego “estável”. A oportunidade surgiu em 1995, quando foi chamado para trabalhar na central telefónica do novo hospital de Leiria, onde esteve até 2003, quando pediu a transferência para a então Sub-Região de Saúde, que funcionava na avenida Heróis de Angola.

“Ficava mais perto de casa e não tinha turnos. Com o meu filho acabado de nascer, facilitava- -me a vida”, alega José Neves que, no início deste ano, regressou ao hospital. “Mas agora já temos o Mobilis. Ajuda muito.”

O que ainda atrapalha, diz, são os obstáculos na via pública, apesar do “esforço feito nos últimos anos” para reduzir as barreiras arquitectónicas. “Os MUPi são perigosos. Às vezes, estão colocados no meio dos passeios. Será que os lucros da publicidade justificam os incómodos que provocam?”, questiona.

A par da “maior preocupação” que existe hoje em tornar o espaço público acessível a todos, José Neves assinala também os avanços feitos na área da cultura, com a introdução da áudio-descrição para assisitir a filmes, peças de teatro, concertos ou até jogos de futebol, dsiponibilizando informação sobre o cenário, as personagens e o ambiente envolvente aos espectáculos, por exemplo. “Já assisti à final da Taça da Liga no estádio de Leiria. Há poucos dias, estive no concerto dos The Gift em Óbidos. Foi espectacular. No final, estivemos com a Sónia [Tavares] e a banda.

Etiquetas: Acapoactividades radicaiscegoJosé Ilídio NevesLeiria
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