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Home Viver

Salão dos Recusados. Onde a liberdade e a criatividade andam de mãos dadas

Miguel Rolo com CG por Miguel Rolo com CG
Maio 24, 2024
em Viver
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Salão dos Recusados. Onde a liberdade e a criatividade andam de mãos dadas
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Foi no século XIX, em França, que o rei Luís XIV mandou criar o Salão de Paris, um espaço onde os membros da Academia Real de Pintura e Escultura tinham o privilégio de expor a sua arte ao público e a outros artistas. Passados quase dois séculos, o descontentamento entre os que não eram aceites no salão oficial atingiu o seu expoente máximo, o que levou o imperador Napoleão III a criar uma exposição alternativa dedicada a estes artistas. “Os recusados”. É num sentido parecido, que em Leiria, surge também um Salão dos Recusados, um espaço onde “podes aparecer” para expor, criar ou apenas conversar, num “ambiente criativo”, explica Carlos Pena, um dos fundadores deste “grupo de amigos” que não segue nem acredita em hierarquias.

A ideia de abrir o número 10 da travessa da Paz ao público surgiu na época do encerramento do café O Antro, localizado na rua direita, que muitas vezes foi o centro da cultura alternativa de Leiria, acolhendo bandas e artistas de vários géneros musicais, sessões de declamação de poesia, feiras de artistas e várias actividades culturais muitas vezes deixadas de lado pelo mainstream. Com a necessidade de encontrar um novo espaço, o Salão dos Recusados sediou-se na casa de Luís Frio, outro membro deste grupo, que mantém vivo o espírito de “fazer cenas”, tal como no bar, mas agora num apartamento que é também um pouco de quem o experiencia. Esta nova sede só ficou pronta depois de algumas remodelações, e foi aí que “Tó, o handyman”, entrou ao serviço. O interior da casa precisou de “levar uns toques”, nomeadamente a “sala, as cortinas e a porta de entrada”, que apesar de estar sempre aberta para toda a gente, tinha um aspecto “miserável”, recorda Carlos Pena em tom de brincadeira, dizendo que alguma pessoas nem entravam com medo de “ficarem sem um rim”.

Depois destas renovações, esta “casa de família” ficou pronta para receber quem nela quiser entrar, e mantém como filosofia a ideia de que “se quiseres dar alguma coisa dás, se não quiseres não dás”, o que se reflecte em actividades gratuitas e num sistema de contribuições livres.

Amálgama de ofícios

As actividades, que se realizam desde “Setembro ou Outubro” de 2023, são muito diversificadas, e difíceis de encontrar noutros espaços da cidade. O grupo dinamiza oficinas dos mais variados tipos de artes plásticas, leituras de poesia, sessões de improviso musical e várias actividades consideradas pouco convencionais, dando sempre prioridade à criatividade dos artistas.

“Esta é a exposição de uma oficina que houve de desenho automático”, explica Carlos Pena, apontando para as paredes da divisão, que recorrentemente passa de sala de estar a galeria de arte, já que o espaço é utilizado para expor as obras realizadas pelos artistas. Para além das oficinas, o salão também já realizou (e continuará a realizar) jam sessions, principalmente utilizando sintetizadores. Mas, o que é uma sessão de geleia (traduzindo à letra)? Quando vários músicos se juntam e improvisam sem saber o rumo que a música vai tomar, e se deixam levar, no que podem ser minutos ou horas de improviso, muito provavelmente, estamos perante uma jam session. No entanto, apesar destas sessões de improviso, Carlos Pena refere as dificuldades de albergar concertos nesta casa, já que além de licenciamento e burocracias, existe o medo de que “uma bateria aqui e isto é capaz de cair tudo”.

O co-fundador desta associação destaca ainda a vez em que colocaram o salão em alvoroço, com “muitas coisas a acontecer ao mesmo tempo”. Na sala principal estava em exposição o resultado de uma das oficinas ali realizadas; na sala ao lado os músicos residentes enchiam as divisões com música psicadélica feita em sintetizadores; em simultâneo, no rés de chão, decorria uma iniciativa à qual foi dado o nome, “dois versos de conversa”, onde o poeta Paulo Cardoso conversava com as pessoas, de modo a conhecê- las melhor, passando posteriormente a escrever-lhes um poema personalizado à máquina, que puderam levar como recordação.

O futuro dos recusados

Apesar da programação bastante intensa, o Salão está ainda longe do idealizado pela organização. A associação dos recusados conta neste momento com 10 membros “mais investidos” e outros cinco que vão ajudando quando podem, e por vezes é “difícil coordenar quando é que uns podem e os outros não, e dividir responsabilidades”, afirma Carlos Pena que sente a falta de voluntários para ajudar o projecto a alcançar novos patamares.

Outro entrave às ideias do grupo, é a sua sede, que apesar de ter um lugar guardado no coração daqueles que a frequentam, torna-se muitas vezes insuficiente para ideias maiores. Num universo ideal, a organização ambiciona ter um espaço que funcione com incubadora de artistas visuais e um sítio onde possam ter concertos (sem que a bateria cause danos estruturais), e a longo prazo a realização de um mini festival, com música e outras actividades, sempre com a ideia de manter o ambiente informal e criativo, onde vários artistas convivem e fazem as “suas cenas”.

A médio prazo o Salão pretende voar mais alto e resolver outro entrave ao seu crescimento: a falta de apoio, que de momento é inexistente. Para isso têm em vista candidatar-se ao Pro Leiria, e arranjar patrocínios que dêem pernas ao que na cabeça já está definido.

Etiquetas: LeiriaSalão dos Recusados
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